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Argentina mantém buscas dois meses após submarino desaparecer

Apesar dos esforços mobilizados, as autoridades ainda desconhecem o que aconteceu com o submarino

Submarino: os familiares dos 44 tripulantes estão na cidade de Mar del Plata (leste) à espera de notícias (Marcos Brindicci/Reuters)

Submarino: os familiares dos 44 tripulantes estão na cidade de Mar del Plata (leste) à espera de notícias (Marcos Brindicci/Reuters)

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AFP

Publicado em 15 de janeiro de 2018 às 18h17.

A Armada (Marinha de guerra) da Argentina confirmou nesta segunda-feira (15) que mantém as buscas pelo submarino "ARA San Juan" com apoio do navio oceanográfico "Yantar", da Rússia, sem informar uma data para por fim a estes esforços, dois meses depois de seu desaparecimento.

A busca do "ARA San Juan", com o qual se perdeu o contato em 15 de novembro passado, continua com o navio oceanográfico "Yantar", da Rússia, e a corveta argentina "ARA Spiro", assegurou o porta-voz da Armada, Enrique Balbi.

O "ARA San Juan" tinha 44 tripulantes. Seus familiares estão na cidade de Mar del Plata (leste) à espera de notícias.

"Não há uma data teto ou data limite quanto à busca", disse Balbi em coletiva de imprensa, na qual, no entanto, reconheceu que a colaboração russa "em algum momento vai ser finita".

Segundo o porta-voz, as autoridades contataram até agora faltando cinco empresas "que tem pessoal e meios idôneos" para prosseguir com as buscas.

Poucos dias depois do desaparecimento do submarino argentino, a Rússia enviou o "Yantar", com capacidade para fazer buscas a até 6.000 metros de profundidade.

A princípio se tinha dito que o navio russo encerraria seus trabalhos em 15 de janeiro.

Apesar dos esforços mobilizados, as autoridades desconhecem o que aconteceu com o submarino.

"Ao não corresponder a nenhum dos 54 contatos que foram feitos com o submarino 'ARA San Juan', infelizmente não podemos corroborar o que aconteceu. Pode haver hipóteses. Não podemos corroborá-las até não encontrá-lo e ver em que condição está o casco", disse Balbi.

Nestes dois meses, a Argentina recebeu o apoio de 13 países nesta busca, mas sem resultado até agora.

Antes de o contato com o "ARA San Juan" ter sido perdido, foi reportada à base uma falha nas baterias.

O submarino estava, então, a 450 km da costa argentina, no Golfo San Jorge, retornando de Ushuaia (3.200 km ao sul) a Mar del Plata, seu porto habitual.

O submersível foi lançado em 1983 na Alemanha e incorporado à Armada argentina em 1985.

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