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Argentina está melhor com coronavírus do que com Macri, diz Fernández

Os argentinos já entravam em seu terceiro ano de recessão quando chegou a pandemia. E podem ter a quarentena mais longa do mundo

Alberto Fernández, presidente da Argentina, dá entrevista coletiva para anunciar que país produzirá a vacina contra o coronavírus Oxford, em 12 de agosto de 2020, em Olivos, Argentina. (Juan Mabromata - Pool/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2020 às 12h14.

Última atualização em 23 de agosto de 2020 às 14h02.

Neste domingo, o presidente da Argentina , Alberto Fernández, comemorou dados que apontam uma possível recuperação da atividade industrial do país. E aproveitou para criticar o governo anterior em entrevista: "A Argentina se saiu melhor com o coronavírus do que com o governo de Mauricio Macri".

O presidente argentino considerou o efeito positivo de medidas emergências de indenização e contra demissões nos últimos meses. No entanto, Fernández reconheceu que é possível que a pobreza no país tenha aumentado desde março.

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Os argentinos já entravam em seu terceiro ano de recessão e encaravam inflação galopante e crise fiscal quando veio a pandemia. O país caminha, agora, para o pior momento econômico dos últimos 20 anos.

Em meio a esse cenário, a necessidade por caixa em dólares se tornou mais urgente do que nunca, depois que a renegociação da dívida internacional argentina foi anunciada, há duas semanas.

Além de precisar honrar o compromisso, a Argentina precisa reunir esforços para sobreviver à mais longa quarentena do mundo. O país está praticamente fechado há cerca de 160 dias, em função da dificuldade para conter a disseminação da covid-19 em seu território, onde mais de 6 mil pessoas já morreram após contrair a doença.

Os dados do segundo trimestre do EPH, que mede índices de pobreza, inadimplência e desemprego na Argentia, serão divulgados em setembro. De acordo com o presidente, os resultados mostrarão um ritmo de recuperação do país. "A atividade industrial está produzindo mais hoje do que produzia em 19 de março (quando começou a quarentena)", disse.

Telecomunicações

Na sexta-feira, 21, o presidente anunciou o congelamento das tarifas dos serviços de telefonia celular e fixa, o serviço de internet e de TV paga até 31 de dezembro. “Decidimos declarar os serviços de telefonia celular, de serviços de internet e televisão por assinatura de interesse público. Desta forma, garantimos o acesso a eles para todos”, disse Fernández.

A prática não é uma exclusividade de governos de esquerda no país. Em 2017, o então presidente liberal de direira Mauricio Macri, anunciou uma série de medidas com o objetivo de conter a inflação elevada do país, emtre elas, o congelamento de preços de cerca de 60 produtos básicos e de tarifas de serviços públicos. Na época, a taxa de inflação era de 54,7% ao ano. Agora, a taxa gira em torno de 42% ao ano.

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