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Argentina encerra resgate de 44 tripulantes de submarino

O anúncio significa que as autoridades consideram como mortos os marinheiros do submarino ARA San Juan

Submarino: "Apesar da magnitude dos esforços realizados, não foi possível localizar o submarino" (Marcos Brindicci/Reuters)

Submarino: "Apesar da magnitude dos esforços realizados, não foi possível localizar o submarino" (Marcos Brindicci/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de novembro de 2017 às 20h37.

Última atualização em 30 de novembro de 2017 às 21h19.

Buenos Aires - A Marinha argentina disse nesta quinta-feira que abandonou a tentativa de resgate dos 44 tripulantes do submarino desaparecido há 15 dias, embora vá manter a busca pelo navio que teria sofrido uma explosão no Atlântico Sul.

Apesar de o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, não ter dito expressamente, o anúncio significa que as autoridades consideram como mortos os marinheiros do submarino ARA San Juan.

"Foi ampliado para mais que o dobro o número de dias que determinam as possibilidades de resgate da tripulação. Apesar da magnitude dos esforços realizados, não foi possível localizar o submarino", disse Balbi em entrevista coletiva.

A Marinha havia dado uma clara indicação na última quinta-feira sobre o final trágico do submarino, ao relatar a detecção no Mar da Argentina de um som "anômalo" consistente com uma explosão.

O acidente desencadeou uma colossal operação internacional de busca e resgate envolvendo cerca de 4.000 pessoas e 30 aeronaves e navios de Argentina, Estados Unidos, Reino Unido, Brasil e Chile, entre outros países.

A busca pelos corpos será mantida, mas sem as equipes necessárias para resgatar pessoas com vida.

Muitos dos familiares da tripulação, que aguardavam o submarino na cidade turística de Mar del Plata, onde deveria ter chegado há 10 dias, já haviam dado os marinheiros como mortos. Apenas alguns permaneceram na base naval local na esperança de que eles fossem encontrados vivos.

"Eu não tenho palavras, é um momento horrível. Estão nos dizendo diretamente que não vão procurar mais", disse Luis Tagliapietra, pai de um dos tripulantes.

"Eles mentiram para nós desde o primeiro dia (...) Eu não acredito em nada", ele acrescentou, reclamando da Marinha.

Depois de zarpar da cidade de Ushuaia, o submarino emitiu seu último sinal em 15 de novembro a 430 quilômetros da costa da Patagônia argentina.

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