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Argentina diz que é difícil avaliar impacto da greve geral

O governo da Argentina disse que é difícil avaliar o impacto da greve geral articulada ontem por sindicatos opositores


	Cristina Kirchner, presidente da Argentina: governo ainda questionou a "autoridade moral" dos dirigentes sindicais
 (Diego Giudice/Bloomberg)

Cristina Kirchner, presidente da Argentina: governo ainda questionou a "autoridade moral" dos dirigentes sindicais (Diego Giudice/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 10h48.

Buenos Aires - O governo da Argentina disse nesta sexta-feira que é "difícil" avaliar o impacto da greve geral articulada ontem por sindicatos opositores e questionou a "autoridade moral" dos dirigentes sindicais.

"Na Argentina, muitas vezes é muito difícil avaliar o impacto de uma medida de força, já que, às vezes, a greve é confundida com um "lock out" (fechamento) patronal", disse em entrevista coletiva o chefe de Gabinete argentino, Jorge Capitanich, em referência à adesão das empresas de ônibus urbanos à greve.

Além dos ônibus urbanos, a greve de ontem também paralisou os serviços de trens, metrô e aviões comerciais, um fato que, segundo o governo, expandiu a dimensão da paralisação, tendo em vista que muitos trabalhadores que não apoiavam a greve não conseguiram chegar ao trabalho.

Durante a entrevista coletiva, Capitanich se recusou a responder sobre os passos que o governo planeja dar após a greve, que, segundo os sindicatos opositores, foi convocada para que o Executivo apresente resposta aos problemas da insegurança e da inflação.

A medida de força foi liderada pelo titular da ala opositora da Confederação Geral do Trabalho, Hugo Moyano, que foi um dos principais aliados do governo de Cristina Kirchner até 2012.

"Muitos destes dirigentes sindicais, que foram aliados ao governo e que se beneficiaram com este, pelo aumento do nível de atividade, pelo aumento do número de filiados aos sindicatos e pelo aumento dos salários, são os mesmos que hoje criticam", completou Capitanich.

Em entrevista coletiva, realizada ontem em meio à greve, Moyano lançou duras críticas contra vários membros do governo e, inclusive, sugeriu uma mudança do apelido de Capitanich, de "Coqui" para "Quico", em alusão ao popular personagem da série "Chaves".

"Nenhum dos dirigentes que me criticam de um modo duro têm a autoridade moral que eu tenho", respondeu hoje Capitanich, quem não quis se aprofundar no tema da greve perante as perguntas dos jornalistas.

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