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Arábia Saudita vai criar centros de detenção para infratoras ao volante

Enquanto não estiverem preparadas para esses centros, as infratoras ao volante serão detidas em lares de serviços sociais

As mulheres começarão a dirigir pela primeira vez a partir de 24 de junho, depois que as autoridades do país ultraconservador retiraram o veto (Faisal Al Nasser/Reuters)

As mulheres começarão a dirigir pela primeira vez a partir de 24 de junho, depois que as autoridades do país ultraconservador retiraram o veto (Faisal Al Nasser/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de junho de 2018 às 08h51.

Última atualização em 6 de junho de 2018 às 08h58.

Riad - A Arábia Saudita criará centros de detenção especializada para mulheres que cometam infrações de tráfego, que no reino são castigadas com detenções de até dois dias. Legislação será aplicada da mesma forma que para os homens, anunciou nesta quarta-feira o Governo.

Enquanto não estiverem preparadas para estes centros de detenção, as mulheres infratoras ao volante serão detidas em um primeiro momento em lares de serviços sociais, segundo decidiu o Conselho de Ministros, em uma sessão liderada pelo rei Salman bin Abdulaziz, informou a agência oficial de notícias "SPA".

Na Arábia Saudita as infrações de trânsito são castigadas com detenções de um dia ou dois, como no caso de furar um semáforo.

As mulheres começarão a dirigir pela primeira vez a partir de 24 de junho, depois que as autoridades do país ultraconservador retiraram o veto.

Nestas semanas prévias ao final da proibição, os responsáveis sauditas estão adequando as leis e os regulamentos de trânsito para preparar-se para esta mudança.

Na terça-feira, a Direção Geral de Tráfego da Arábia Saudita começou a expedir permissões de condução às mulheres, para que possam estar ao volante pela primeira vez.

Um grupo de mulheres, que tinha carteiras de dirigir obtidas no exterior, recebeu as licenças sauditas, depois que a direção de tráfego confirmou a veracidade dos seus documentos internacionais e realizou uma prova prática.

Apesar do relaxamento de algumas normas que regem no reino ultraconservador, ainda se mantém o regime de tutela no qual as mulheres são submetidas às ordens dos homens de suas famílias.

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