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Arábia Saudita descobre planos de célula da Al Qaeda

País deteve 62 supostos militantes com ligações a radicais na Síria e no Iêmen que estariam planejando ataques ao governo

Veículo da Al Qaeda é visto totalmente destruído após combates com forças do Iêmen, na província sulista de Abyan (Ministério da Defesa do Iêmen/Divulgação Via Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 16h28.

Riad - A Arábia Saudita deteve 62 supostos militantes da Al Qaeda com ligações a radicais na Síria e no Iêmen que estariam planejando ataques ao governo e a alvos internacionais no reino, afirmou o Ministério do Interior nesta terça-feira.

O maior exportador de petróleo do mundo tem demonstrado crescente preocupação de que a guerra civil na Síria esteja radicalizando cada vez mais cidadãos sauditas e anunciou duras medidas para conter a militância.

Os 62 detidos representam o maior grupo de pessoas que, segundo autoridades, foram detidas por suspeitas de militância islâmica em pelo menos dois anos no conservador reino islâmico, que já prendeu milhares de pessoas na última década em sua batalha contra a Al Qaeda.

Cerca de 35 dos presos já haviam sido detidos anteriormente por autoridades sauditas sob acusações de ameaça à segurança, e depois foram libertados, disse o porta-voz do Ministério do Interior, major general Mansour Turki, em uma entrevista coletiva.

"Eles juraram lealdade ao seu comandante e passaram a construir componentes para a organização, meios de suporte e planejamento para operações terroristas que buscam como alvos instalações do governo e interesses estrangeiros e o assassinato de personalidades do sistema de segurança", disse o militar.

Segundo ele, o grupo possuía laços com o Estado Islâmico do Iraque e o Levante (ISIL, na sigla em inglês), organização que possui ligações com a Al Qaeda e que possui uma força poderosa entre rebeldes na guerra civil síria e entre combatentes antigoverno em território iraquiano.

Grupos internacionais de direitos humanos disseram que algumas das milhares de pessoas detidas pela Arábia Saudita sob alegações de ameaça à segurança na última década eram dissidentes pacíficos, algo que as autoridades negam.

Esses grupos também expressaram preocupações quanto a novas leis "antiterrorismo" que dão às autoridades um amplo mandato para deter, como suspeitos de militância, pessoas que criticam a família governante saudita.

Turki disse que o monitoramento das mídias sociais teve um papel importante na descoberta do grupo, além de mostrar como membros da Al Qaeda no Iêmen e na Síria estavam se comunicando uns com os outros na coordenação com membros do grupo na Arábia Saudita.

As autoridades descobriram um laboratório para a fabricação de explosivos e apreenderam fundos no valor equivalente a 266 mil dólares, destinados para a célula, segundo Turki.

A célula era composta por 59 sauditas, um paquistanês, um iemenita e um palestino, e um dos presos era o líder, afirmou o porta-voz do ministério. Ele acrescentou que as autoridades ainda estavam buscando outras 44 pessoas suspeitas de terem ligações com o grupo.

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Riad - A Arábia Saudita deteve 62 supostos militantes da Al Qaeda com ligações a radicais na Síria e no Iêmen que estariam planejando ataques ao governo e a alvos internacionais no reino, afirmou o Ministério do Interior nesta terça-feira.

O maior exportador de petróleo do mundo tem demonstrado crescente preocupação de que a guerra civil na Síria esteja radicalizando cada vez mais cidadãos sauditas e anunciou duras medidas para conter a militância.

Os 62 detidos representam o maior grupo de pessoas que, segundo autoridades, foram detidas por suspeitas de militância islâmica em pelo menos dois anos no conservador reino islâmico, que já prendeu milhares de pessoas na última década em sua batalha contra a Al Qaeda.

Cerca de 35 dos presos já haviam sido detidos anteriormente por autoridades sauditas sob acusações de ameaça à segurança, e depois foram libertados, disse o porta-voz do Ministério do Interior, major general Mansour Turki, em uma entrevista coletiva.

"Eles juraram lealdade ao seu comandante e passaram a construir componentes para a organização, meios de suporte e planejamento para operações terroristas que buscam como alvos instalações do governo e interesses estrangeiros e o assassinato de personalidades do sistema de segurança", disse o militar.

Segundo ele, o grupo possuía laços com o Estado Islâmico do Iraque e o Levante (ISIL, na sigla em inglês), organização que possui ligações com a Al Qaeda e que possui uma força poderosa entre rebeldes na guerra civil síria e entre combatentes antigoverno em território iraquiano.

Grupos internacionais de direitos humanos disseram que algumas das milhares de pessoas detidas pela Arábia Saudita sob alegações de ameaça à segurança na última década eram dissidentes pacíficos, algo que as autoridades negam.

Esses grupos também expressaram preocupações quanto a novas leis "antiterrorismo" que dão às autoridades um amplo mandato para deter, como suspeitos de militância, pessoas que criticam a família governante saudita.

Turki disse que o monitoramento das mídias sociais teve um papel importante na descoberta do grupo, além de mostrar como membros da Al Qaeda no Iêmen e na Síria estavam se comunicando uns com os outros na coordenação com membros do grupo na Arábia Saudita.

As autoridades descobriram um laboratório para a fabricação de explosivos e apreenderam fundos no valor equivalente a 266 mil dólares, destinados para a célula, segundo Turki.

A célula era composta por 59 sauditas, um paquistanês, um iemenita e um palestino, e um dos presos era o líder, afirmou o porta-voz do ministério. Ele acrescentou que as autoridades ainda estavam buscando outras 44 pessoas suspeitas de terem ligações com o grupo.

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