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Apple retira eletrônicos de processo de certificação verde

Sem dar muitas explicações, a Maçã cessou o registo de seus produtos no Epeat, um sistema de avaliação ambiental para aparelhos eletrônicos

Novo MacBool Pro Retina: tela difícil de desmontar contraria exigências de certificação (Divulgação)

Novo MacBool Pro Retina: tela difícil de desmontar contraria exigências de certificação (Divulgação)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 10 de julho de 2012 às 12h04.

São Paulo – A Apple suspendeu o registro de seus produtos no processo de certificação verde Electronic Product Environmental Assessment Tool (Epeat), um sistema de referência para avaliação ambiental de eletrônicos. De acordo com a certificadora, a Apple retirou todos os 39 modelos registrados da verificação - de desktops e MacBooks à iPhones e monitores - e não vai mais submetê-los à avaliação.

O motivo da saída? A Maçã não se pronunciou oficialmente, mas segundo Robert Frissbee, presidente da Epeat, a empresa teria comunicado que "suas diretrizes de design não eram mais compatíveis com as exigências da certificação", disse ao Wall Street Journal. Observadores especializados especulam que a decisão está provavelmente relacionada a uma modificação no design da nova versão do MacBook Pro equipado com uma tela Retina.

Segundo o iFixit, que desmonta diversos tipos de aparelhos e publica tutorias na internet, o conjunto da tela é completamente fundido, tornando-o impossível de ser desmontado. Essa característica vai de encontro às normas da certificação verde, que, entre outras exigências, determina que as peças dos eletrônicos sejam facilmente desmontáveis para facilitar a separação de componentes tóxicos e a reciclagem.

O sistema Epeat foi criado em 2006 pelo governo americano em parceria com empresas do setor. Além de servir como garantia para compradores que se preocupam com a questão, é também uma forma de reconhecer empresas que buscam produzir de forma mais sustentável e procuram inovar para reduzir o impacto ambiental de seus produtos. A ironia é que a Apple foi uma das companhias que ajudaram a criá-lo.

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