Após visita a Paris, Trump ironiza Macron por baixa popularidade
Após os comentários de Trump, um assessor de Macron disse que a França não fará uma escolha entre um sistema de defesa europeu e abordagens multilaterais
Reuters
Publicado em 13 de novembro de 2018 às 13h56.
Washington/Paris - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , criticou nesta terça-feira o presidente francês, Emmanuel Macron , em uma série de tuítes que enfatizou como os laços entre os dois líderes, antes amigáveis, têm se deteriorado.
Em cinco publicações feitas no mesmo dia que autoridades francesas marcaram o aniversário dos ataques terroristas de 2015 que deixaram 130 mortos em Paris, Trump criticou o importante aliado dos Estados Unidos por quase perder as duas Guerras Mundiais para a Alemanha, por sua indústria de vinho e pelas taxas de aprovação de Macron.
Trump voltou para Washington após passar um final de semana em Paris para celebrar o 100º aniversário da Primeira Guerra Mundial, onde as tensões entre o presidente norte-americano e seus aliados europeus ficaram evidente.
Nesta terça-feira, Trump citou a "baixa taxa de aprovação" de Macron, práticas comerciais injustas e justificou sua ausência em um evento comemorativo no sábado, dizendo que o Serviço Secreto dos EUA o impediu de dirigir até o local devido a condições climáticas adversas.
Trump se referiu a comentários recentes de Macron sobre como a Europa precisa se proteger, escrevendo "foi a Alemanha na Primeira e Segunda Guerras Mundiais --como isso funcionou para a França? Eles já estavam começando a aprender alemão em Paris antes dos Estados Unidos chegarem. Pague pela Otan ou não".
"A propósito, não há nenhum país mais nacionalista do que a França, pessoas muito orgulhosas e com razão", escreveu Trump em uma série de tuítes, que encerrou com a frase: "Torne a França grande novamente."
Questionado sobre os tuítes de Trump, um importante assessor de Macron disse que o presidente francês informou o presidente norte-americano e seu chefe de gabinete durante sua visita a Paris que "a França não está prestes a fazer uma escolha entre um sistema de defesa europeu e abordagens multilaterais".