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Após retrocessos, EI controla apenas 8% do território da Síria

O grupo radical sofreu um grande retrocesso nos últimos meses, após ter tido em seu poder mais da metade do território sírio no final de 2015

EI: a maior parte dos domínios do EI se concentra no leste e no nordeste (Clodagh Kilcoyne/Reuters)
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EFE

Publicado em 23 de outubro de 2017 às 10h00.

Beirute - O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) controla atualmente 8% da superfície total da Síria, onde sofreu um grande retrocesso nos últimos meses, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Os jihadistas dominam atualmente 14.816 quilômetros quadrados, que equivalem a 8% da superfície do país, após ter tido em seu poder mais da metade do território sírio no final de 2015.

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A maior parte dos domínios do EI se concentra no leste e no nordeste, onde tem sob controle a cidade de Al Bukamal, na fronteira com o Iraque, e povoados e aldeias da província de Deir ez-Zor, Al Hasaka e do leste de Homs.

A estes territórios se somam 250 quilômetros quadrados do sul da Síria (0,13% da sua superfície), que é controlado pelo Exército de Khalid bin Walid, vinculado aos extremistas.

Segundo o Observatório, as forças governamentais sírias são quem controlam a maior fatia do território agora, com 97.540 quilômetros quadrados, que correspondem a 52,7% da superfície do país.

A ONG explicou que os soldados leais ao governo de Damasco progrediram desde o final de 2015, quando tinham em seu poder apenas 22% do país.

Atualmente, o exercito sírio e seus aliados dominam totalmente as províncias de Tartus (noroeste) e Al Sueida (sul), e quase completamente Latakia (noroeste).

Além disso, controlam grandes partes de Damasco e sua periferia, Aleppo (nordeste), Hama (centro), Homs (centro), Deraa (sul) e Al Quneitra (sul).

Na região de Idlib (nordeste), sua presença se limita às cidades de maioria xiita de Fua e Kafraya; enquanto que em Al Hasaka (nordeste) conservam alguns pontos na sua capital homônima e em Qameshli.

Além disso, os soldados governamentais têm áreas do sul da província da e Raqqa (nordeste) e do oeste da vizinha Deir ez-Zor, onde controlam partes da sua capital e também áreas no leste.

Por outro lado, as Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada encabeçada por milícias curdas e apoiadas pelos Estados Unidos, dominam mais de 47.100 quilômetros quadrados, que equivalem a 25,4% do território.

As FSD estão em Aleppo, em Afrin, Manbech, Al Shoala e Deir Yamal, entre outros; na região de Raqqa, onde controlam sua capital; e no noroeste e nordeste de Deir ez-Zor.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos destacou que as facções rebeldes e islamitas sofreram um grande retrocesso, já que só dominam 13,7% da Síria, ou seja, 25.470 quilômetros quadrados.

Entre esses grupos aparecem o Organismo de Liberdade do Levante - a aliança da ex-filial síria da Al Qaeda - e outras organizações jihadistas, bem como facções que estão respaldadas pela Turquia no norte de Aleppo e outras apoiadas pelos EUA, que operam no deserto sírio perto da fronteira com Jordânia e Iraque.

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