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Após incursão terrestre, 8 mil palestinos deixam suas casas

Oito mil pessoas fugiram de suas casas por medo da incursão terrestre iniciada ontem por Israel na região


	Soldado israelense em um tanque que se dirige à fronteira com a Faixa de Gaza
 (Menahem Kahana/AFP)

Soldado israelense em um tanque que se dirige à fronteira com a Faixa de Gaza (Menahem Kahana/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 13h25.

Gaza - A agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) elevou nesta sexta-feira para 30 mil o número de palestinos deslocados em Gaza, após oito mil pessoas terem fugido hoje de suas casas por medo da incursão terrestre iniciada por Israel.

Em um comunicado, o porta-voz da UNRWA na região, Chris Gunness, advertiu que o número de deslocados cresce a cada hora e revelou que a agência abriu 34 centros de acolhida para receber de forma segura a população civil em toda a Faixa de Gaza.

"O número de deslocados que em função dos combates buscaram refúgio nas escolas da UNRWA chegou hoje a oito mil está aumentando. Agora o número de pessoas hospedadas é de 30 mil", afirmou.

"Por causa da violência e da insegurança, particularmente no sul, os números oscilam. A UNRWA instalou 34 centros de emergência ao longo de toda a Faixa de Gaza. Pedimos as duas partes em conflito que respeitem a lei internacional para os civis em conflito", acrescentou.

O Exército israelense iniciou ontem à noite uma incursão terrestre em Gaza, que como primeira consequência teve uma intensificação dos bombardeios no norte e no sul da região, em particular nas localidades de Beit Lahia e Beit Hanoun.

Dias antes, em meio aos intensos bombardeios aéreos, Israel avisou a população de ambos os bairros, calculada em cerca de 100 mil pessoas, para que abandonassem suas casas, o que causou o primeiro fluxo de deslocados.

A UNRWA já advertiu que só tem capacidade para amparar 50 mil pessoas e que possui reservas limitadas.

Além das escolas da UNRWA, os moradores de Gaza não têm outro lugar para fugir, já que Israel impõe um cerco militar por terra e mar sobre a Faixa de Gaza, e o Egito mantém fechada a única passagem para pessoas que comunica a região com o resto do mundo.

Até o momento, cerca de 270 pessoas, a maioria civis palestinos, morreram e mais de dois ficaram feridos nos onze dias de ofensiva militar contra Gaza.

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