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Após escândalo "Ibizagate", governo de extrema-direita da Áustria cai

Apesar da destituição da coalizão do governo, o partido do primeiro-ministro Sebastian Kürz venceu as eleições do Parlamento Europeu

Esta é a primeira vez que o governo da áustria é destituído desde 1945 (Leonhard Foeger/Reuters)

Esta é a primeira vez que o governo da áustria é destituído desde 1945 (Leonhard Foeger/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de maio de 2019 às 12h31.

Última atualização em 27 de maio de 2019 às 13h12.

Viena — O governo da Áustria, comandado pelo Partido Popular (ÖVP), perdeu nesta segunda-feira a confiança do Parlamento e foi destituído depois do "Ibizagate", um escândalo de corrupção que afeta o ultranacionalista FPÖ e que provocou a ruptura da coalizão entre os dois partidos e a antecipação das eleições.

A queda do governo austríaco acontece após o Partido Popular (ÖVP) do chanceler federal, Sebastian Kurz, ter ganhado as eleições do Parlamento Europeu no último domingo, com 34,9% dos votos.

A coalizão, formada em dezembro de 2017 por Kurz com os ultranacionalistas, ruiu em 19 de maio devido ao polêmico vídeo gravado em Ibiza no verão de 2017.

Nessas imagens, divulgadas por dois veículos de comunicação alemães, o então vice-chanceler e ex-chefe do FPÖ, Heinz Christian Strache, prometia favores políticos e contratos públicos a uma suposta herdeira milionária russa em troca de doações ilegais para o partido.

Esta é a primeira vez que um governo austríaco é destituído desde 1945. Na votação de hoje, 110 deputados votaram a favor da destituição de Kurz e de seu gabinete de ministros, entre eles quatro especialistas independentes que substituíram quatro ministros do FPÖ na semana passada.

Apenas 71 parlamentares, entre eles 61 do ÖVP e 10 do opositor partido liberal Neos, votaram a favor de manter o governo de especialistas de Kurz até as eleições antecipadas para setembro. Dois deputados independentes se abstiveram.

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