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Após explosão, Líbano põe funcionários de porto em prisão domiciliar

Explosões no porto da capital, Beirute, deixaram ao menos 113 mortos, mais de quatro mil feridos e 300 mil desabrigados

Beirute: governo afirmou que um curto-circuito causou incêndio e explosão em um depósito de fogos (Mohamed Azakir/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de agosto de 2020 às 16h25.

O governo do Líbano decretou estado de emergência nacional de duas semanas a partir desta quarta-feira, 5, um dia depois de explosões no porto da capital, Beirute, que deixaram ao menos 113 mortos, mais de quatro mil feridos e 300 mil desabrigados. Autoridades também concordaram em colocar todos os funcionários do porto de Beirute que supervisionavam o armazenamento e a segurança desde 2014 em prisão domiciliar.

A medida foi tomada em reunião do gabinete presidencial. "Não há palavras para descrever o horror da catástrofe que ocorreu ontem", disse o presidente libanês Michel Aoun durante o encontro, conforme a Agência de Notícias do Líbano.

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"Eu estendo meu coração e sentimentos para as famílias.. E peço a Deus que cure os feridos, cure os corações partidos e forneça toda a energia e determinação para permanecermos juntos para enfrentar as queimaduras dolorosas que deixaram sua marca sobre Beirute", disse, citado pela agência.

Nesta manhã, o chefe do local, disse em entrevista a uma emissora libanesa que havia determinado a retirada das cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amônio que causaram a explosão.

O governo afirmou que um curto-circuito causou incêndio e explosão em um depósito de fogos e em outro onde estavam explosão de 2.750 toneladas de nitrato de amônio.

As possíveis causas estão sendo investigadas, mas a suspeita é de que um armazém com grande quantidade de nitrato de amônio pode ter provocado o acidente. Por enquanto, descarta-se atentado terrorista. Para o diretor-geral de Segurança Geral, Abbas Ibrahim, “as violentas explosões podem estar ligadas a materiais explosivos confiscados e mantidos em um armazém por anos.”

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