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Após destituição de premiê, estouram ataques na Tailândia

Não houve feridos


	Primeira-ministra interina da Tailândia, Yingluck Shinawatra: ela foi condenada por abuso de poder e violação da Carta Magna durante a troca de um alto funcionário
 (Athit Perawongmetha/Reuters)

Primeira-ministra interina da Tailândia, Yingluck Shinawatra: ela foi condenada por abuso de poder e violação da Carta Magna durante a troca de um alto funcionário (Athit Perawongmetha/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 06h45.

Bangcoc - A polícia da Tailândia informou nesta quinta-feira que três ataques com explosivos foram registrados na noite de ontem e na madrugada de hoje em Bangcoc, a capital do país, mas sem deixar feridos, horas depois que o Tribunal Constitucional do país decidiu pela destituição da primeira-ministra e de parte do governo.

Uma granada M67 foi lançada durante a madrugada contra uma das casas que Suphot Khaimuk, um dos três juízes do Tribunal Constitucional, possui no norte da capital tailandesa, causando danos menores.

As câmeras de segurança na casa do juiz registraram como uma pessoa, que escondia seu rosto com um boné de beisebol, lançou a bomba contra a residência e, em seguida, fugiu por um dos canais da metrópole.

As outras explosões, com granadas M79, ocorreram na sede do banco Siyam Comercial Bank e nas proximidades do hospital Chulabhorn, causando pequenos prejuízos e sem deixar feridos.

O Tribunal Constitucional da Tailândia condenou ontem a primeira-ministra interina, Yingluck Shinawatra, por abuso de poder e violação da Carta Magna durante a troca de um alto funcionário.

Yingluck, que acompanhou a decisão judicial em uma das dependências do Ministério da Defesa, pois a sede do governo está sitiada por manifestantes antigovernamentais, se viu forçada a renunciar e foi substituída por Niwattumrong Boonsongpaisan, que até então era o ministro do Comércio interino.

O líder dos protestos antigovernamentais, o ex-parlamentar Suthep Thaugsuban, convocou seus seguidores para uma passeata nesta sexta-feira pela Avenida Sukhumvit, que -segundo suas palavras- representa a 'batalha final' contra o Executivo.

Durante meses, os manifestantes antigovernamentais ocuparam edifícios oficiais, inclusive o gabinete da primeira-ministra e vários ministérios, assim como diversas avenidas em Bangcoc em uma série de protestos em que morreram 25 pessoas e centenas ficaram feridas.

Os manifestantes exigem que antes da realização de novas eleições seja feita uma reforma no sistema político do país, que consideram como corrupto e a serviço dos interesses do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawata, irmão mais velho de Yingluck, que foi condenado a dois anos de prisão por corrupção em 2008 e vive no exílio desde então para evitar sua prisão.

Thaksin e suas plataformas eleitorais ganharam todas as eleições desde 2001, graças ao apoio da população rural do norte do país e das classes mais desfavorecidas de Bangcoc, que se beneficiaram de suas políticas sociais.

Essas classes formam o grosso do movimento conhecido como 'camisas vermelhas', que convocou para o próximo sábado uma manifestação de protesto contra os juízes e as elites burocráticas ligadas à monarquia, que eles consideram como contrárias ao governo eleito democraticamente. EFE

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