Após anulação das eleições em Istambul, EUA pede transparência
As eleições municipais em Istambul foram consideradas após a vitória da oposição e uma nova votação esta marcada para o dia 23 de junho
AFP
Publicado em 7 de maio de 2019 às 18h22.
Última atualização em 7 de maio de 2019 às 18h55.
Os Estados Unidos pediram nesta terça-feira um "processo eleitoral livre, justo e transparente" na Turquia , após a polêmica invalidação da vitória da oposição nas eleições municipais em Istambul.
"Observamos a decisão do Alto Comitê Eleitoral da Turquia (YSK) e estamos acompanhando a situação de perto", disse à AFP um porta-voz do Departamento de Estado americano sem fazer uma declaração contundente sobre os fatos.
"Queremos que todos os atores respeitem plenamente um processo eleitoral livre, justo e transparente para que a vontade dos eleitores se reflita nos resultados", acrescentou o porta-voz.
E concluiu: "Uma democracia turca saudável é de interesse para a Turquia e seus parceiros, incluindo os Estados Unidos, e ajuda a torná-la um aliado estável, próspero e confiável".
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e seu partido conservador foram derrotados na eleição de 31 de março em seu reduto, Istambul.
Após o fracasso, eles denunciaram "irregularidades", e depois de vários recursos, a Autoridade Eleitoral decidiu anular a eleição anterior e ordenar uma nova.
Após a invalidação da votação, que levará a novas eleições em 23 de junho, a oposição denunciou um "golpe contra as urnas".
Entre outros aliados de Ancara, a Alemanha lamentou uma decisão "não transparente" e "incompreensível", enquanto a França considerou que levantava "questões".