Peixes: ideia é que o consumidor consulte a ferramenta na hora das compras e, assim, opte por um pescado que não esteja ameaçado de extinção (Jenny W / SXC)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2013 às 09h51.
São Paulo - Dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apontam que o consumo de peixe dobrou nos últimos 50 anos.
A popularização desse tipo de alimento anda preocupando os ambientalistas, já que intensifica a pesca predatória e o consumo irresponsável, o que aumenta o risco de extinção das espécies. Em 2009, por exemplo, 30% dos estoques mundiais de pescado foram superexplorados pelo homem.
Para contar com a ajuda dos cidadãos no combate ao problema, a ONU lançou o aplicativo AppliFish, que informa o grau de vulnerabilidade de mais de 550 espécies marinhas - entre elas, peixes, polvos, lagostas e tubarões.
A ideia é que o consumidor consulte a ferramenta na hora das compras e, assim, opte por um pescado que não esteja ameaçado de extinção, garantindo a perpetuação do animal no meio ambiente.
O aplicativo classifica as espécies em quatro categorias:
Em perigo, para animais cujo consumo deve ser 100% evitado, como o atum-rabilho (Thunnus thynnus) e o esturjão beluga (Huso huso); |
Vulnerável, para os pescados que estão em situação de alerta, como o bacalhau-do-atlântico (Gadus morhua); |
Menor preocupação, para os que podem ser consumidos - mas, claro, sempre com bom-senso -, como o atum-branco (Thunnus alalunga) e o bonito (Sarda sarda) e |
Dados deficientes, para espécies ainda pouco estudadas. |
O AppliFish ainda traz outras informações a respeito dos bichos, como características físicas e mapa de distribuição - revelando, inclusive, quais espécies sofreram migração por conta de alterações climáticas.
Desenvolvido pela plataforma i-Marine - formada por 13 institutos de pesquisa, universidades e organizações internacionais de três diferentes continentes -, o app está disponível, em inglês, para iPhone e Android e é uma ótima pedida para ajudar o consumidor a escolher quais são os peixes que podem estar na sua mesa na Semana Santa - e, mais especificamente, na Sexta-Feira da Paixão -, quando, segundo a tradição cristã, deve-se fazer jejum de carne vermelha, o que aumenta o consumo
de pescados.