Mundo

Apesar de discordâncias sobre Síria, Obama não atacará Assad

A política americana no país tem como base evitar envolvimentos militares mais profundos no Oriente Médio e tem sido amplamente criticada como hesitante


	Obama: política americana na Síria tem como base evitar envolvimentos militares mais profundos no Oriente Médio
 (Getty Images/Spencer Platt)

Obama: política americana na Síria tem como base evitar envolvimentos militares mais profundos no Oriente Médio (Getty Images/Spencer Platt)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2016 às 21h40.

Washington - o governo dos Estados Unidos buscou nesta sexta-feira conter a repercussão negativa do vazamento de uma mensagem interna crítica à política sobre a Síria, mas não deu sinais de que estivesse disposto a considerar ataques militares contra as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, medida defendida na carta assinada por dezenas de diplomatas norte-americanos.

Várias autoridades afirmaram que, ao mesmo tempo que a Casa Branca estava pronta para ouvir a opinião discordante dos diplomatas, não era esperada nenhuma mudança na abordagem do presidente Barack Obama sobre a Síria nos seus últimos sete meses de governo.

Uma importante autoridade afirmou que o teste sobre se essas propostas por ação mais agressiva recebem uma atenção de alto nível é se elas “se alinham com a nossa visão de que não há solução militar para o conflito na Síria”.

O documento, enviado por intermédio do “canal de discordância” do Departamento de Estado, um canal para opiniões contrárias que devem ser confidenciais, mostram divisões e frustrações de longa data entre os assessores de Obama sobre a sua resposta à guerra civil de cinco anos na Síria.

A política de Obama na Síria tem como base evitar envolvimentos militares mais profundos no caótico Oriente Médio e tem sido amplamente criticada como hesitante e com aversão ao risco. A limitada intervenção de Obama tem como foco o combate ao Estado Islâmico, que controla pedaços da Síria e do Iraque e inspira ataques em território norte-americano.

Um esboço da mensagem, assinada por 51 pessoas do Departamento de Estado, defende “ataques militares direcionados” contra o regime de Assad, ao que Obama se opõe, para frear as violações persistentes de um cessar-fogo com rebeldes apoiados pelos EUA, que é amplamente ignorado pela Síria e os seus aliados russos.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaBashar al-AssadEstados Unidos (EUA)Oriente MédioPaíses ricosPersonalidadesPolíticosSíria

Mais de Mundo

Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Entenda como seria o processo para substituir Joe Biden como candidato democrata

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Mais na Exame