Decisão de colocar mais iuane em circulação gerou questionamentos sobre a inflação (Cancan Chu/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2011 às 06h59.
Pequim - O Banco Popular da China (PBC, o banco central chinês) imprimirá um trilhão de iuanes (US$ 152 bilhões) para substituir as cédulas antigas e dar mais liquidez ao mercado, decisão que gerou questionamentos sobre uma possível elevação da inflação.
A injeção de dinheiro, que será realizada antes do Ano Novo chinês, em 3 de fevereiro, foi defendida pelo governador do PBC, Ma Delun, que assegurou que a substituição das cédulas será feita entre cinco e sete anos.
Ao diário "Global Times", Ma destacou que nestas datas as pessoas compram presentes e viajam e as empresas precisam de mais liquidez para os pagamentos extras.
Após o anúncio do PBC, porém, foi levantada a hipótese de a injeção excessiva gerar a elevação da inflação, indicador que fechou 2010 com 3,3% de aumento, o que preocupa o Governo chinês.
Qiu Zhaoxiang, diretor do Instituto de Bancos e Finanças da Universidade de Negócios, declarou que a maior liquidez pode aumentar o consumo, mas que uma injeção excessiva "pode gerar problemas".