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Ao menos 80% das petroleiras reduziram produção na Venezuela, diz pesquisa

Muitas empresas de petróleo da Venezuela interromperam sua produção e apenas 19% operam com sua capacidade máxima

Venezuela; a redução da produção é consequência da greva crise política e econômica que atinge o país (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela; a redução da produção é consequência da greva crise política e econômica que atinge o país (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de agosto de 2019 às 16h56.

Pelo menos 80% das empresas venezuelanas interromperam ou reduziram sua produção no segundo trimestre de 2019 - revela uma pesquisa apresentada pelo sindicato dos industriais nesta terça-feira (20).

Esses são "dados alarmantes", disse o presidente da Confederação de Industriais da Venezuela (CONINDUSTRIA), Adam Celis, em entrevista coletiva.

O setor ainda sofre o impacto de um início de ano difícil, marcado por apagões em massa e pela escassez de gasolina.

Como consequência, as empresas ativas operam atualmente com 19% de sua capacidade instalada.

"É extremamente baixo", avaliou Celis, em comparação com indústrias de países como a Colômbia, com 81% de uso de capacidade.

Os problemas do setor privado pioraram após a entrada em vigor, em abril, de uma medida de Washington que proíbe a negociação do petróleo venezuelano no sistema financeiro dos EUA e a venda de combustíveis e solventes ao país para processar seu petróleo pesado.

Desde 2013, as importações estatais e privadas caíram drasticamente, de acordo com o Banco Central da Venezuela (BCV), o que, somado ao déficit nacional de produção, causou uma grave escassez de produtos básicos.

Na Venezuela, outrora uma potência petroleira, 64% das empresas pararam de importar, completou Celis.

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