Exército líbio:Líbia vive em uma crise três anos após a guerra apoiada pela Otan que derrubou Muammar Gaddafi (Marco Longari/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2014 às 12h03.
Benghazi - Ao menos 20 pessoas morreram e quase 70 ficaram feridas quando o exército líbio e as forças de um ex-general combatiam militantes islâmicos na cidade oriental de Benghazi na segunda-feira, disseram fontes médicas.
O Exército contou com o apoio de helicópteros de combate pertencentes às forças leais ao ex-general Khalifa Haftar, que quer livrar o estado norte-Africano de militantes islâmicos, que segundo ele estão fora de controle devido a um governo fraco.
Ao menos 20 pessoas morreram e 67 ficaram feridos só em Benghazi, disseram médicos do hospital. Houve registro de cerca de 18 feridos em al-Marj, a leste da cidade de Benghazi, onde também houve conflitos, informaram fontes médicas.
A Líbia vive em uma crise prolongada três anos após a guerra apoiada pela Otan que derrubou Muammar Gaddafi, com facções regionais islâmicas, anti-islâmicas e políticos envolvidos no conflito.
O grupo militante Ansar al-Sharia atacou nesta segunda-feira um acampamento que pertencia às forças especiais do Exército, disseram moradores. As tropas de Haftar se juntaram à batalha que ocorreu em áreas residenciais. As famílias, assustadas, permaneceram dentro das casas. As escolas e universidades ficaram fechadas.
Tropas especiais do Exército também foram vistas movendo reforços para a área de combate no oeste de Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia.
Haftar iniciou há duas semanas uma campanha para combater os islâmicos. Desde então, a vida pública está quase paralisada na cidade, sede de várias companhias de petróleo. O aeroporto está fechado.