Com longas filas em todo o país, pelo menos nove policiais foram mortos na instável região costeira do Quênia, e seis agressores também morreram (Steve Crisp/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2013 às 08h57.
Nairóbi/Mombasa - Pelo menos 15 pessoas morreram em ataques de gangues usando facões nesta segunda-feira no Quênia, num dia em que quenianos faziam fila para votar em uma eleição presidencial que esperam que reconstrua a imagem do país depois da contestada votação de 2007 que desencadeou um derramamento de sangue.
Poucas horas antes do início da votação às 6h da manhã (0h no horário de Brasília), com longas filas em todo o país, pelo menos nove policiais foram mortos na instável região costeira do Quênia, e seis agressores também morreram, disse o chefe da polícia regional Aggrey Adoli.
Houve dois ataques separados e oficiais da polícia culparam um movimento separatista por um deles -- que, se confirmado, sugeriria motivos diferentes dos que causaram as matanças étnicas após a eleição de 2007.
Autoridades e candidatos fizeram apelos veementes para evitar uma repetição dos massacres tribais que ocorreram cinco anos atrás, quando as disputas sobre o resultado das urnas alimentaram confrontos entre apoiadores tribais de candidatos rivais.
Mais de 1.200 pessoas foram mortas, arruinando a reputação do Quênia como uma das democracias mais estáveis da África e levando a sua economia a uma estagnação.
Como em 2007, a corrida eleitoral resultou numa competição apertada entre dois candidatos, desta vez entre o primeiro-ministro Raila Odinga e o vice-primeiro-ministro Uhuru Kenyatta. Ambos dependem fortemente de votos de partidários tribais.
Um dos ataques com facões nesta segunda-feira ocorreu na periferia de Mombasa e outro em Kilifi, cerca de 50 quilômetros ao norte. Oficiais da polícia culparam um movimento separatista pelo ataque que ocorreu perto de Mombasa, o Conselho Republicano de Mombasa, que desejava o cancelamento da eleição nacional e a convocação de um referendo sobre a independência da região.
Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelos ataques e não foi possível identificar de forma independente os agressores.