Mundo

Anvisa deve concluir avaliação de agrotóxicos de 2008

Rio de Janeiro - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pretende concluir até o final deste ano o processo de reavaliação de 14 substâncias ativas usadas em agrotóxicos. O trabalho foi iniciado em 2008, mas ações judiciais abertas por empresas do setor fizeram com que o trabalho só fosse retomado no início do ano […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pretende concluir até o final deste ano o processo de reavaliação de 14 substâncias ativas usadas em agrotóxicos. O trabalho foi iniciado em 2008, mas ações judiciais abertas por empresas do setor fizeram com que o trabalho só fosse retomado no início do ano passado.

Com isso, houve somente uma decisão liberando a cihexatina para cítricos no estado do São Paulo, até o ano que vem, quando a venda deverá ser proibida. Os demais produtos estão em análise, alguns em estágio avançado, como o endosulfan, disse à Agência Brasil a médica Heloisa Rey Farza, especialista em toxicologia da Gerência Geral de Toxicologia da Anvisa.

De maneira geral, o princípio ativo é importado, mas a formulação dos agrotóxicos é feita no Brasil, informou Heloisa Rey.

"Quando a fiscalização mostra que não há conformidade entre o que foi autorizado e o que foi produzido, ou que as declarações do processo de produção não correspondem à realidade, você vai ter, em função da gravidade, desde advertência até a multa". A fiscalização dura até três dias, em média.

Desde julho de 2009, a Anvisa impediu a comercialização de mais de 9 milhões de litros de agrotóxicos, interditando a produção de nove empresas, das quais oito apresentaram irregularidades na formulação. Heloisa acredita que, com a ampliação do número de fiscais, a Anvisa conseguirá cercar melhor, "em números", a situação dos agrotóxicos com irregularidades e os problemas de substâncias novas que vão entrando no mercado.

"A tendência é aumentar o cerco aos fabricantes, no sentido de melhorar a qualidade do trabalho que a lei nos dá". Ou seja, ter uma melhor fiscalização, melhor entendimento do registro e análise mais aprofundada dos documentos transmitidos.

A fiscalização alcança até o momento as empresas de formulação ou fabricação. Ainda não são fiscalizados os importadores de produtos finais, mas a agência planeja ampliar essa atuação.

Segundo Heloisa, existem no Brasil cerca de 2 mil produtos comerciais registrados, dos quais somente 30% estão no mercado.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioGovernoLicença-maternidadeTrigo

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua