Foguete da Coreia do Norte provoca alarme internacional
O país anunciou o lançamento de um foguete para colocar um satélite civil em órbita, mas a comunidade internacional teme que o projeto tenha fins militares
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2012 às 12h41.
Seul - A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira que em abril lançará um foguete para colocar um satélite, civil segundo Pyongyang, em órbita, mas Coreia dos Sul, Japão e Estados Unidos consideram o projeto um teste encoberto de míssil balístico, em aberta violação das resoluções da ONU.
O regime comunista de Pyongyang fez o anúncio 16 dias depois de ter aceitado suspender os testes nucleares e de mísseis, assim como o programa de enriquecimento de urânio, em troca de 240.000 toneladas de ajuda alimentar de Washington.
A operação está prevista para entre 12 e 16 de abril, para comemorar o centenário de nascimento do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-Sung, segundo a agência oficial norte-coreana KCNA.
Um foguete Unha-3 lançará o satélite de observação terrestre norte-coreano Kwangmyongsong-3, revelou a agência oficial KCNA.
Estes satélites são necessários para o desenvolvimento econômico do país e fazem parte das atividades pacíficas espaciais, destacou a KCNA.
A Coreia do Norte utilizou argumento semelhante quando lançou um "satélite" no dia 5 de abril de 2009, provocando a condenação do Conselho de Segurança da ONU e um reforço das sanções contra Pyongyang.
Na ocasião, um foguete norte-coreano sobrevoou o território japonês e caiu no Oceano Pacífico. Tóquio, com apoio de Washington e Seul, denunciou na época um teste de míssil de longo alcance.
A reação levou a Coreia do Norte a abandonar, em sinal de protesto, as negociações de desarmamento nuclear entre seis países (Estados Unidos, Rússia, China, Coreia do Norte, Coreia do Sul e Japão) e a executar um segundo teste nuclear no mês seguinte.
O anúncio desta sexta-feira voltou a acionar os alertas regionais e irritou os Estados Unidos, que mantêm tropas na península desde a Guerra da Coreia (1950-1953).
O governo dos Estados Unidos considerou uma "provocação" o projeto norte-coreano, por acreditar que na realidade este será um teste de mísseis que ameaça a segurança regional.
"O anúncio da Coreia do Norte de que pretende executar um lançamento de míssil em aberta violação de suas obrigações internacionais é uma grande provocação", afirma a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, em um comunicado.
"Este lançamento de míssil colocaria em risco a segurança regional e estaria em contradição com o recente compromisso norte-coreano de abster-se de lançamentos de mísseis de longo alcance", completa.
Nuland recordou que "as resoluções 1718 e 1874 do Conselho de Segurança da ONU proíbem de maneira clara e inequívoca a Coreia do Norte de executar lançamentos com tecnologia de mísseis balísticos".
"Pedimos a Coreia do Norte que cumpra suas obrigações internacionais, incluindo todas as resoluções a respeito do Conselho de Segurança da ONU", completa o comunicado, no qual a porta-voz informa que Washington está em consultas com os aliados para estudar a resposta ao anúncio norte-coreano.
A Coreia do Sul também afirmou que o anunciado lançamento de um foguete norte-coreano violaria as resoluções da ONU e seria considerado uma "grave provocação, enquanto o Japão pediu o cancelamento do projeto.
O ministério das Relações Exteriores sul-coreano manifestou "grave preocupação" com os planos norte-coreanos e alegou que o lançamento violaria a resolução 1874 do Conselho de Segurança da ONU e "constituiria uma grave provocação que ameaçaria a paz e a segurança na Península Coreana e na região nordeste da Ásia".
Seul exigiu que o vizinho norte-coreano "interrompa imediatamente esta provocação e acate suas obrigações internacionais".
Para o Japão, independente de ser um satélite ou um míssil balístico, o anúncio representa uma "violação das resoluções do Conselho de Segurança". O país pediu moderação a Pyongyang.
A China, principal suporte econômico da Coreia do Norte, pediu a todas as partes um "papel construtivo" na manutenção da paz regional.
Pyongyang e Washington anunciaram de maneira surpreendente um acordo no dia 29 de fevereiro, o que gerou expectativas de apaziguamento das tensões regionais após a chegada ao poder de Kim Jong-un, terceiro representante da dinastia comunista dos Kim que comanda a Coreia do Norte desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Seul - A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira que em abril lançará um foguete para colocar um satélite, civil segundo Pyongyang, em órbita, mas Coreia dos Sul, Japão e Estados Unidos consideram o projeto um teste encoberto de míssil balístico, em aberta violação das resoluções da ONU.
O regime comunista de Pyongyang fez o anúncio 16 dias depois de ter aceitado suspender os testes nucleares e de mísseis, assim como o programa de enriquecimento de urânio, em troca de 240.000 toneladas de ajuda alimentar de Washington.
A operação está prevista para entre 12 e 16 de abril, para comemorar o centenário de nascimento do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-Sung, segundo a agência oficial norte-coreana KCNA.
Um foguete Unha-3 lançará o satélite de observação terrestre norte-coreano Kwangmyongsong-3, revelou a agência oficial KCNA.
Estes satélites são necessários para o desenvolvimento econômico do país e fazem parte das atividades pacíficas espaciais, destacou a KCNA.
A Coreia do Norte utilizou argumento semelhante quando lançou um "satélite" no dia 5 de abril de 2009, provocando a condenação do Conselho de Segurança da ONU e um reforço das sanções contra Pyongyang.
Na ocasião, um foguete norte-coreano sobrevoou o território japonês e caiu no Oceano Pacífico. Tóquio, com apoio de Washington e Seul, denunciou na época um teste de míssil de longo alcance.
A reação levou a Coreia do Norte a abandonar, em sinal de protesto, as negociações de desarmamento nuclear entre seis países (Estados Unidos, Rússia, China, Coreia do Norte, Coreia do Sul e Japão) e a executar um segundo teste nuclear no mês seguinte.
O anúncio desta sexta-feira voltou a acionar os alertas regionais e irritou os Estados Unidos, que mantêm tropas na península desde a Guerra da Coreia (1950-1953).
O governo dos Estados Unidos considerou uma "provocação" o projeto norte-coreano, por acreditar que na realidade este será um teste de mísseis que ameaça a segurança regional.
"O anúncio da Coreia do Norte de que pretende executar um lançamento de míssil em aberta violação de suas obrigações internacionais é uma grande provocação", afirma a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, em um comunicado.
"Este lançamento de míssil colocaria em risco a segurança regional e estaria em contradição com o recente compromisso norte-coreano de abster-se de lançamentos de mísseis de longo alcance", completa.
Nuland recordou que "as resoluções 1718 e 1874 do Conselho de Segurança da ONU proíbem de maneira clara e inequívoca a Coreia do Norte de executar lançamentos com tecnologia de mísseis balísticos".
"Pedimos a Coreia do Norte que cumpra suas obrigações internacionais, incluindo todas as resoluções a respeito do Conselho de Segurança da ONU", completa o comunicado, no qual a porta-voz informa que Washington está em consultas com os aliados para estudar a resposta ao anúncio norte-coreano.
A Coreia do Sul também afirmou que o anunciado lançamento de um foguete norte-coreano violaria as resoluções da ONU e seria considerado uma "grave provocação, enquanto o Japão pediu o cancelamento do projeto.
O ministério das Relações Exteriores sul-coreano manifestou "grave preocupação" com os planos norte-coreanos e alegou que o lançamento violaria a resolução 1874 do Conselho de Segurança da ONU e "constituiria uma grave provocação que ameaçaria a paz e a segurança na Península Coreana e na região nordeste da Ásia".
Seul exigiu que o vizinho norte-coreano "interrompa imediatamente esta provocação e acate suas obrigações internacionais".
Para o Japão, independente de ser um satélite ou um míssil balístico, o anúncio representa uma "violação das resoluções do Conselho de Segurança". O país pediu moderação a Pyongyang.
A China, principal suporte econômico da Coreia do Norte, pediu a todas as partes um "papel construtivo" na manutenção da paz regional.
Pyongyang e Washington anunciaram de maneira surpreendente um acordo no dia 29 de fevereiro, o que gerou expectativas de apaziguamento das tensões regionais após a chegada ao poder de Kim Jong-un, terceiro representante da dinastia comunista dos Kim que comanda a Coreia do Norte desde o fim da Segunda Guerra Mundial.