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ANP quer comissão para investigar morte de Arafat

Agência apreciou a investigação feita pela ''Al Jazeera'' e deseja que os fatos que levaram à morte a Arafat sejam esclarecidos

Arafat: o líder histórico morreu em 2004 em Paris aos 75 anos (Thomas Coex/AFP)

Arafat: o líder histórico morreu em 2004 em Paris aos 75 anos (Thomas Coex/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 19h06.

Jerusalém - A Autoridade Nacional Palestina (ANP) anunciou nesta quarta-feira que pedirá a criação de uma comissão internacional para investigar a morte de Yasser Arafat, após novos indícios sobre seu possível envenenamento serem divulgados pela rede de televisão ''Al Jazeera''.

O chefe negociador palestino e membro da Organização pela Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, disse à agência de notícias palestina ''Maan'' que a ideia é criar uma comissão parecida a que investigou o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, em 2005. Arafat morreu em Paris, em 2004.

Erekat disse que a ANP apreciou a investigação feita pela ''Al Jazeera'' e deseja que os fatos que levaram à morte a Arafat sejam esclarecidos.

Por sua parte, o órgão de governo do partido Fatah, que Arafat liderou até sua morte, afirmou que está disposto a cooperar com todas as partes para determinar as circunstâncias da morte de Arafat.

O movimento islâmico Hamas pediu a criação de comitê nacional para reabrir a investigação e pediu que a ANP divulgue toda informação que tiver sobre o caso.

A rede de televisão do Catar ''Al Jazeera'' divulgou ontem as conclusões sobre uma investigação sobre as circunstâncias da morte de Arafat.

Um estudo do Instituto de radiofísica do Hospital Universitário de Lausanne (Suíça) indicaram que o líder palestino pode ter sido envenenado por polônio 210, uma substância altamente radioativa encontrada em seus objetos pessoais.

Segundo a ''Al Jazeera'', os cientistas de Lausanne detectaram que em alguns casos os níveis de polônio 210 nos pertences de Arafat eram dez vezes superiores aos níveis encontrados em amostras aleatórias.

Em outros testes, realizados entre março e junho, chegou-se a conclusão que entre 60% e 80% do polônio detectado não era proveniente de fontes naturais.

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