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Pico de produção de Libra pode ser atingido em até 15 anos

Segundo diretora da agência, campo deverá atingir um pico de produção de 1,4 milhão de barris de petróleo por dia


	Plataforma de petróleo: leilão da maior área do pré-sal brasileiro será realizado na próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro
 (Alfredo Estrella/AFP)

Plataforma de petróleo: leilão da maior área do pré-sal brasileiro será realizado na próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro (Alfredo Estrella/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 18h08.

Rio de Janeiro - O campo de Libra, na bacia de Santos, deverá atingir um pico de produção de 1,4 milhão de barris de petróleo por dia (bpd) entre 10 a 15 anos depois da assinatura do contrato com o consórcio vencedor, afirmou a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Magda Chambriard.

O leilão da maior área do pré-sal brasileiro será realizado na próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro.

"Atingir esse volume vai depender do ritmo do consórcio e da velocidade do desenvolvimento do campo. Está mais para 15 do que para 10 anos", disse ela a jornalistas, durante a posse de um novo diretor da ANP.

Para alcançar esse pico, serão necessários, de acordo com a diretora-geral da ANP, de 12 a 18 plataformas e de 60 a 80 barcos de apoio.

Onze empresas estão habilitadas para o leilão, a maioria asiáticas.

Um forte esquema de segurança, com a presença de homens do Exército e possivelmente da Força Nacional de Segurança, está sendo montado para o leilão, na segunda-feira, em um hotel da zona oeste do Rio de Janeiro.

Nessa quinta-feira, petroleiros iniciaram uma paralisação no país pedindo, entre outras coisas, o cancelamento do leilão de Libra.

"Não existe possibilidade de não haver leilão mesmo que os protestos se avolumem", afirmou Magda.

"O leilão vai ocorrer e já esperávamos esse tipo de atitude", acrescentou o secretário do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Almeida, ao comentar a invasão de manifestantes à sede do ministério, em Brasília.

A diretora-geral da ANP acrescentou que um leilão com o porte de Libra, com reservas de 8 a 12 bilhões de barris, não deve se repetir anualmente.

Segundo ela, não seria saudável para o setor realizar leilões tão grandes todos os anos.

"É muita coisa para ser colocada no mercado e não recomendamos uma área gigante por ano por conta do porte, do investimento e da mobilização necessária. Tumultuaria mais que ajudaria", avaliou.

Magda disse que vai recomendar ao governo que não haja nenhum leilão de petróleo no ano que vem, seja pelo regime de concessão ou pelo modelo de partilha de produção, que estreia com o certame de Libra.

"Vamos precisar gastar 2014 estudando mais as áreas sedimentares brasileiras", acrescentou.

Esse ano, a ANP já realizou um leilão de blocos no mês de maio e haverá mais duas rodadas: a de Libra e uma de áreas com potencial para gás não convencional, em novembro.

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