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Associação Nacional de Jornais critica projeto de lei argentino

Entidade considera "extremamente preocupante" a proposta que limitaria o acesso das empresas jornalísticas ao papel-jornal

O projeto argentino propõe o que está sendo considerado uma "estatização" do papel jornal (sxc.hu)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2011 às 09h46.

São Paulo - A ANJ (Associação Nacional de Jornais), presidida por Judith Brito, divulgou neste último domingo (18) comunicado no qual considera "preocupante" o projeto de lei argentino sobre o papel-jornal.

O projeto propõe o que está sendo considerado uma "estatização" do papel jornal. Ele foi aprovado semana passada, no últio dia 15, pela Câmara dos Deputados argeninta por 134 votos a favor e 92 contra.

Nesta semana, o projeto segue para discussão e votação no Senado marcada para a próxima quinta-feira (22).Caso seja aprovado o projeto deixaria a empresa Papel Prensa, principal produtora e distribuidora de papel-jornal da Argentina, submetida ao governo argentino, que passaria a regular a produção, comercialização e distribuição do papel-jornal no país.

Atualmente, o governo argentino possui 27,5% das ações da empresa. Os jornais Clarín e La Nación possuem 49% e 22% das ações, respectivamente. Leia abaixo a íntegra da nota distribuída pela ANJ.

NOTA À IMPRENSA

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) considera extremamente preocupante o projeto de lei que declara de interesse público a produção, comercialização e distribuição de papel-jornal na Argentina. O projeto dará ao governo argentino o poder de limitar o acesso das empresas jornalísticas ao papel, numa evidente ameaça à liberdade de imprensa.

É inadmissível a disposição das autoridades argentinas, já demonstrada em outras oportunidades, de coagir e interferir na atividade jornalística. Essa permanente postura de confronto com os jornais é fruto do autoritarismo e da dificuldade de convivência com a crítica, essencial nas sociedades democráticas.

A ANJ se solidariza com os jornais argentinos diante de mais essa iniciativa constrangedora ao exercício do jornalismo e espera que o projeto não seja aprovado, em benefício dos cidadãos do país, os maiores prejudicados com o cerceamento à liberdade de expressão.
Brasília, 18 de dezembro de 2011

Judith Brito
Presidente da ANJ

Francisco Mesquita Neto
Vice-Presidente da ANJ e responsável pelo Comitê de Liberdade de Expressão

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São Paulo - A ANJ (Associação Nacional de Jornais), presidida por Judith Brito, divulgou neste último domingo (18) comunicado no qual considera "preocupante" o projeto de lei argentino sobre o papel-jornal.

O projeto propõe o que está sendo considerado uma "estatização" do papel jornal. Ele foi aprovado semana passada, no últio dia 15, pela Câmara dos Deputados argeninta por 134 votos a favor e 92 contra.

Nesta semana, o projeto segue para discussão e votação no Senado marcada para a próxima quinta-feira (22).Caso seja aprovado o projeto deixaria a empresa Papel Prensa, principal produtora e distribuidora de papel-jornal da Argentina, submetida ao governo argentino, que passaria a regular a produção, comercialização e distribuição do papel-jornal no país.

Atualmente, o governo argentino possui 27,5% das ações da empresa. Os jornais Clarín e La Nación possuem 49% e 22% das ações, respectivamente. Leia abaixo a íntegra da nota distribuída pela ANJ.

NOTA À IMPRENSA

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) considera extremamente preocupante o projeto de lei que declara de interesse público a produção, comercialização e distribuição de papel-jornal na Argentina. O projeto dará ao governo argentino o poder de limitar o acesso das empresas jornalísticas ao papel, numa evidente ameaça à liberdade de imprensa.

É inadmissível a disposição das autoridades argentinas, já demonstrada em outras oportunidades, de coagir e interferir na atividade jornalística. Essa permanente postura de confronto com os jornais é fruto do autoritarismo e da dificuldade de convivência com a crítica, essencial nas sociedades democráticas.

A ANJ se solidariza com os jornais argentinos diante de mais essa iniciativa constrangedora ao exercício do jornalismo e espera que o projeto não seja aprovado, em benefício dos cidadãos do país, os maiores prejudicados com o cerceamento à liberdade de expressão.
Brasília, 18 de dezembro de 2011

Judith Brito
Presidente da ANJ

Francisco Mesquita Neto
Vice-Presidente da ANJ e responsável pelo Comitê de Liberdade de Expressão

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