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Angelina Jolie pede generosidade em crise migratória

O discurso acontece uma semana após o "pacto mundial" proposto pela ONU para tentar resolver a mais grave crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial


	Refugiados sírios ficam presos na fronteira com a jordânia: "Mais de sessenta milhões de pessoas estão deslocadas atualmente", disse Jolie
 (Muhammad Hamed / Reuters)

Refugiados sírios ficam presos na fronteira com a jordânia: "Mais de sessenta milhões de pessoas estão deslocadas atualmente", disse Jolie (Muhammad Hamed / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2016 às 12h54.

A atriz Angelina Jolie-Pitt, enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), apelou nesta segunda-feira à comunidade internacional para superar seus medos e intensificar os esforços para resolver a crise migratória.

"Mais de sessenta milhões de pessoas estão deslocadas (um terço dos refugiados) atualmente, o que é mais do que em qualquer momento ao longo dos últimos 70 anos", disse a atriz e diretora americana durante um discurso na sede da BBC, em Londres.

"Isso nos diz algo profundamente perturbador sobre a paz e a segurança no mundo", acrescentou.

"Dado o estado do mundo, não é uma surpresa se algumas dessas pessoas desesperadas, que não têm nenhuma opção e para quem voltar para casa não oferece nenhuma esperança, tentarem um último recurso para chegar à Europa, mesmo arriscando suas vidas", ressaltou.

Jolie-Pitt lamentou que a crise de refugiados possa dar uma "margem de manobra e um falso ar de legitimidade para aqueles que promovem a política do medo". Mas, segundo ela, "se a casa do seu vizinho está em chamas, você não vai ficar seguro fechando suas portas".

Exortando a comunidade internacional a mostrar generosidade, ela considerou ser "um dever de todos nós, do futuro secretário-geral das Nações Unidas, dos governos, da sociedade civil, de cada um de nós".

"E o nosso sucesso vai ajudar a dar forma a este século. A alternativa? É o caos", alertou.

O discurso acontece uma semana após o "pacto mundial" proposto pela ONU para tentar resolver a mais grave crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial, promovendo o acolhimento, todos os anos, de pelo menos 10% dos refugiados.

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