Americanos usam colônias microbióticas para tratar água poluída
Além de ser um processo mais natural e que utiliza pouca matéria-prima, os gastos com o sistema são de 8 a 20 vezes inferiores ao processo tradicional
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2011 às 15h29.
São Paulo - A empresa americana Wastewater Compliance Systems Inc. desenvolveu uma maneira eficiente e barata de aproveitar microbióticos para o tratamento de águas poluídas. Algumas colônias microbióticas são capazes de consumir os agentes poluidores de rios e lagos.
O sistema, chamado Bio-domes, também é conhecido como Poo Gloos, graças à sua aparência, que lembra um iglu. Como os pequenos seres que limpam a água precisam de condições ideais de temperatura para se desenvolverem, a empresa criou os domos de plástico concêntrico, com 1,82 metros de diâmetro e 1,5 de altura.
Dentro dessa proteção existem tubos que liberam bolhas de ar, eliminadas através de pequenos buracos no topo de sua estrutura. Esse processo puxa a água do fundo, eliminando-a pela parte de cima. Instalados em fileiras, que variam em quantidade dependendo do tamanho do lago, os domos permanecem submersos na água, com baixa pressão do ar.
Durante o percurso pelo qual a água passa dentro dos domos, as bactérias contidas na estrutura limpam a água, retirando grande parte dos contaminadores presentes nela. Os resultados obtidos no projeto piloto mostram que a redução chega a 98%, nos níveis de amônia, de 85% a 95% nos resíduos sólidos e a demanda de oxigênio de 85% a 92%.
Além de ser um processo mais natural e que utiliza pouca matéria-prima, os gastos com os Bio-domes são de oito a 20 vezes inferiores ao processo tradicional. Enquanto o projeto americano usa de US$ 150 mil a US$ 500 mil, o tratamento mecanizado tradicional custa de US$ 4 a 10 milhões.