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América Central busca consenso sobre luta antidrogas

Os governos da região reconheceram o fracasso da luta contra o narcotráfico liderada pelos Estados Unidos e agora buscam alternativas para enfrentar o problema

Estados Unidos rejeitam a descriminalização, mas expressaram sua disposição em debater novas formas de combater as drogas (Marcello Casal Jr/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2012 às 20h35.

Panamá - A América Central tentará no próximo sábado, em Cartagena de Indias ( Colômbia ), chegar a um consenso em torno de assuntos como a luta antidrogas e a segurança regional antes da 6ª Cúpula das Américas, informou nesta segunda-feira uma fonte oficial hondurenha.

Os governos da região reconheceram o fracasso da luta contra o narcotráfico liderada pelos Estados Unidos e agora buscam alternativas para enfrentar o problema. Enquanto o governo da Guatemala propõe a descriminalização das drogas, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Panamá desaprovam a medida, e a Costa Rica ainda não se pronunciou abertamente.

O presidente guatemalteco, Otto Pérez Molina, um general reformado que assumiu o governo no início deste ano, falou nesta segunda-feira sobre a necessidade dos líderes da região em discutirem soluções para fazerem frente ao narcotráfico e apresentou a descriminalização como alternativa. Molina reiterou que não pretende ''impor nada'' a nenhum país e falou que, para a análise de sua proposta, será preciso retirar a carga ideológica atribuída por alguns líderes.

O governo colombiano, anfitrião da cúpula, é partidário de abrir o debate com esse tema, como indicou Pérez Molina. No entanto, o presidente Juan Manuel Santos disse neste domingo que é preciso deixar fora da discussão discussões sobre como enfrentar o problema das drogas, e buscar soluções práticas.

Já os Estados Unidos rejeitam a descriminalização, mas expressaram sua disposição em debater novas formas de combater as drogas.

Pela América Central passa pelo menos 80% da droga que chega aos Estados Unidos. Contudo, as autoridades mal conseguem apreender 33% dos produtos em toda a América Latina, como reconheceu em março o general do Comando Sul do Exército dos EUA, Douglas Fraser.

Para o acadêmico e embaixador panamenho, Nils Castro, os governos centro-americanos não tiveram tempo suficiente para amadurecer um consenso em torno das novas formas de combate às drogas porque a proposta de descriminalizar, que ''disparou os debates'', foi apresentada há poucos meses pela Guatemala. No entanto, Castro disse que houve uma conquista: ''o tema ficou colocado e está sobre a mesa. Não vai ser resolvido em breve por causa da complexidade''.

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Panamá - A América Central tentará no próximo sábado, em Cartagena de Indias ( Colômbia ), chegar a um consenso em torno de assuntos como a luta antidrogas e a segurança regional antes da 6ª Cúpula das Américas, informou nesta segunda-feira uma fonte oficial hondurenha.

Os governos da região reconheceram o fracasso da luta contra o narcotráfico liderada pelos Estados Unidos e agora buscam alternativas para enfrentar o problema. Enquanto o governo da Guatemala propõe a descriminalização das drogas, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Panamá desaprovam a medida, e a Costa Rica ainda não se pronunciou abertamente.

O presidente guatemalteco, Otto Pérez Molina, um general reformado que assumiu o governo no início deste ano, falou nesta segunda-feira sobre a necessidade dos líderes da região em discutirem soluções para fazerem frente ao narcotráfico e apresentou a descriminalização como alternativa. Molina reiterou que não pretende ''impor nada'' a nenhum país e falou que, para a análise de sua proposta, será preciso retirar a carga ideológica atribuída por alguns líderes.

O governo colombiano, anfitrião da cúpula, é partidário de abrir o debate com esse tema, como indicou Pérez Molina. No entanto, o presidente Juan Manuel Santos disse neste domingo que é preciso deixar fora da discussão discussões sobre como enfrentar o problema das drogas, e buscar soluções práticas.

Já os Estados Unidos rejeitam a descriminalização, mas expressaram sua disposição em debater novas formas de combater as drogas.

Pela América Central passa pelo menos 80% da droga que chega aos Estados Unidos. Contudo, as autoridades mal conseguem apreender 33% dos produtos em toda a América Latina, como reconheceu em março o general do Comando Sul do Exército dos EUA, Douglas Fraser.

Para o acadêmico e embaixador panamenho, Nils Castro, os governos centro-americanos não tiveram tempo suficiente para amadurecer um consenso em torno das novas formas de combate às drogas porque a proposta de descriminalizar, que ''disparou os debates'', foi apresentada há poucos meses pela Guatemala. No entanto, Castro disse que houve uma conquista: ''o tema ficou colocado e está sobre a mesa. Não vai ser resolvido em breve por causa da complexidade''.

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