Ameaça faz milicianos e rebeldes abandonarem bases
Combatentes evacuaram suas bases devido possibilidade de serem bombardeados por coalizão internacional
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2014 às 11h04.
Beirute - Combatentes da Frente al Nusra, braço da Al Qaeda na Síria , e do grupo rebelde sírio Movimento Islâmico dos Livres de Sham (Levante) evacuaram suas bases nesta quarta-feira devido à possibilidade de serem bombardeadas pela coalizão internacional liderada pelos EUA.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que a Frente al Nusra abandonou seus quartéis em povados da zona rural de Idlib depois que várias de suas posições estratégicas foram alvo de bombardeios na terça-feira.
A organização informou que pelo menos 50 integrantes do braço da Al Qaeda morreram devido aos bombardeios aéreos em uma região na fronteira entre Idlib e a província síria de Aleppo.
O Pentágono e o presidente americano, Barack Obama, revelaram que o alvo do ataque foi uma célula da Al Qaeda, denominada Khorasan, que pertencia à Frente al Nusra e que planejava um atentado "iminente" contra os EUA e interesses ocidentais.
Já o comando do grupo rebelde sírio Movimento Islâmico dos Livres de Sham (Levante) ordenou hoje a evacuação de todas as suas bases.
Em comunicado, o grupo pediu aos combatentes para que retirem todos os aparelhos de comunicação por satélite dos quartéis e que os escondam, além de guardarem as armas pesadas. Também foi solicitado aos civis que vivem em casas próximas para que se afastem da zona.
O grupo é uma das principais formações que integram a maior aliança rebelde islamita da Síria, a Frente Islâmica, que lutou junto à Frente al Nusra contra as forças do regime de Bashar al Assad e contra o Estado Islâmico.
Em declarações à Agência Efe, um ativista da Frente Islâmica, que pediu anonimato, não descartou que a coalizão internacional ainda ataque sua organização.
O opositor Mohammed Abdu, um ativista sírio que trabalha na província de Idlib, ressaltou que esses grupos têm de muita popularidade nas zonas tomadas pelos rebeldes na Síria e se opõem a uma intervenção americana.