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Amã descarta intervenção na Síria em cúpula militar

País descartou que os EUA utilizem a próxima cúpula militar para decidir sobre uma intervenção após denúncias de ataques químicos

Materais químicos e máscaras de gás são fotografadas em um depósito na linha de frente dos confrontos entre a oposição e as forças do governo, durante uma visita guiada pelo exército sírio, em Jobar (Khaled al-Hariri/Reuters)

Materais químicos e máscaras de gás são fotografadas em um depósito na linha de frente dos confrontos entre a oposição e as forças do governo, durante uma visita guiada pelo exército sírio, em Jobar (Khaled al-Hariri/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2013 às 09h21.

Amã - O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh, descartou neste domingo que os Estados Unidos utilizem a próxima cúpula militar que será realizada na Jordânia para decidir sobre uma intervenção na Síria depois das denúncias de ataques químicos no país.

Em entrevista coletiva, o chefe da diplomacia jordaniana afirmou que "as opções dos Estados Unidos não serão discutidas nesse encontro, que está programado há meses".

Os chefes militares dos EUA, Jordânia, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá, Turquia, Arábia Saudita e Catar devem participar de uma reunião, ainda sem data, para discutir o suposto uso de armas químicas na Síria, enquanto os EUA já anunciaram que estão se preparando para uma eventual intervenção militar.

No entanto, Judeh disse que a cúpula "não vai ignorar a morte de mais de mil pessoas pelo possível uso de armas químicas", em referência ao ataque na periferia de Damasco denunciado na última quarta-feira pela oposição, que responsabilizou o regime sírio pelo ocorrido.

As autoridades sírias negaram as acusações e denunciaram o uso de gases tóxicos pelos rebeldes em outro fato, enquanto cresce a tensão na região pela escalada bélica.

Um porta-voz jordaniano afirmou na última sexta-feira que o encontro militar entre os dez países citados permitirá aos participantes discutir assuntos sobre "segurança regional e as repercussões dos últimos eventos, especialmente a crise na Síria".

Os Estados Unidos deslocaram unidades navais para mais perto da Síria, enquanto o presidente Barack Obama considera opções militares como uma resposta para o suposto uso de armas químicas nesse país, mas alertou sobre os riscos de uma intervenção "sem um mandato da ONU e sem provas claras".

A próxima cúpula da coalizão de dez nações despertou grande expectativa na Jordânia.

No final das manobras militares "Eager Lion", em junho, os EUA deixaram na Jordânia 700 militares junto a baterias de mísseis Patriot e caças F-16 para treinar com as Forças Armadas jordanianas e prepará-las para um eventual ataque sírio.

Além disso, outros 200 especialistas americanos já tinham sido mobilizados no ano passado para assessorar o Exército jordaniano sobre ataques químicos.

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