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Aloysio: Dilma se revela uma 'metamorfose ambulante'

Para o senador tucano, governo está sem rumo com uma presidente que é uma "metamorfose"

Dilma não consegue lidar com questões "relativamente banais" e terá dificuldades com temais mais espinhosos, como as reformas trabalhista e previdenciária, na opinião do político (Fernando Moraes/Veja São Paulo)

Dilma não consegue lidar com questões "relativamente banais" e terá dificuldades com temais mais espinhosos, como as reformas trabalhista e previdenciária, na opinião do político (Fernando Moraes/Veja São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2011 às 14h32.

São Paulo - O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) considerou hoje que o governo federal está sem rumo e que a presidente Dilma Rousseff está se revelando uma "metamorfose ambulante". O tucano avaliou que a atual gestão tem desperdiçado capital político ao voltar atrás em decisões e ceder a pressões do Congresso Nacional. "É um governo sem projeto, que não sabe para aonde vai e que está desperdiçando o capital político. O capital político dela está se esvaindo", disse o senador, após comparecer à missa de sétimo dia da morte do ex-ministro Paulo Renato Souza, na capital paulista.

O governo federal prorrogou na noite da última quarta-feira o prazo, que se encerrava naquele dia, para pagamento de emendas parlamentares aprovadas em 2009. A base aliada ameaçou não incluir na pauta de votações do segundo semestre projetos de interesse do governo federal caso não fosse prorrogado o prazo. "Mais uma demonstração de fidelidade ao modelo dela. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que ele era uma metamorfose ambulante. E ela está se revelando também uma metamorfose ambulante", avaliou o senador.

Segundo o tucano, se a presidente não consegue lidar com questões "relativamente banais", terá dificuldades com temais mais espinhosos, como as reformas trabalhista e previdenciária. "Como ela vai enfrentar o problema da reforma previdenciária, da reforma tributária, os problemas de gargalos na infraestrutura, se ela não é capaz de lidar com o problema de restos a pagar?", indagou.

Após a missa, o senador negou que a participação do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, tenha encerrado a questão sobre o seu suposto envolvimento, em 2006, na compra de um dossiê contra o então candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes, José Serra. Para o tucano, o episódio que ficou conhecido como "dossiê dos aloprados" só teria um ponto final se o ministro processasse o atual secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, Expedito Veloso.

"Eu diria que teria o ponto final no dia em que ele processasse o Expedito Veloso, que ele transformasse a veemência verbal, que ele utilizou perante o Senado Federal, em ato", disse o tucano. "O ato que eu sugiro a ele é processar alguém que o acusou de ser mandante de um grave crime, e que continua membro do governo do Distrito Federal", acrescentou. Em junho, a revista Veja publicou reportagem que volta a envolver o ministro no episódio. A publicação divulgou conteúdo de gravação na qual Expedito Veloso afirma que Mercadante autorizou a tentativa de compra do dossiê.

Além de familiares, compareceram hoje à cerimônia em memória do ex-ministro Paulo Renato o secretário de Cultura do Estado de São Paulo, Andrea Matarazzo, e o ex-governador José Serra.

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