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Alibaba e Tencent bloqueiam IA no ‘Enem da China’ para evitar fraudes

Durante o gaokao, exame que define o futuro de 13,4 milhões de estudantes, principais chatbots de IA suspendem reconhecimento de imagens para impedir cola digital

Publicado em 9 de junho de 2025 às 10h53.

Em meio ao temido gaokao, o vestibular chinês que define o futuro de milhões de estudantes, as principais empresas de tecnologia do país, como Alibaba e Tencent, suspenderam temporariamente funcionalidades de inteligência artificial em seus aplicativos. O objetivo: evitar colas durante as provas.

As plataformas Qwen (Alibaba), Yuanbao (Tencent) e Kimi (da startup Moonshot) desativaram o reconhecimento de imagens, ferramenta que permite, por exemplo, escanear questões de prova para obter respostas geradas por IA.

Ao tentar usar o recurso, os usuários recebiam a seguinte mensagem: “Para garantir a justiça dos exames de admissão à universidade, esta função está indisponível durante o período de provas”.

O gaokao começou na sexta-feira, 6, e vai até esta segunda-feira, 9, mobilizando cerca de 13,4 milhões de estudantes em todo o país.

Apesar do bloqueio, algumas plataformas, como Doubao (da ByteDance, dona do TikTok), ainda apresentavam a função de reconhecimento por imagem nesta segunda-feira. No entanto, ao tentar processar a imagem de uma questão, o sistema informava que o conteúdo “não está de acordo com as regras”.

Com o avanço acelerado das ferramentas de IA, autoridades chinesas têm reforçado a regulação. Em maio, o Ministério da Educação divulgou diretrizes que incentivam o ensino de inteligência artificial nas escolas, mas proíbem o uso de conteúdo gerado por IA como resposta em tarefas e exames.

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