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Alerta da Moody's aumenta pressão sobre dívida dos EUA

A Moody's é a primeira entre as maiores agências de classificação a colocar a nota "AAA" dos EUA em revisão para um possível rebaixamento

O presidente Obama na Casa Branca: "ninguém quer ver uma moratória nos EUA" (Chip Somodevilla/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 00h12.

Washington - A agência de classificação de risco Moody's sacudiu na quarta-feira as negociações sobre a dívida na Casa Branca, com o alerta de que os Estados Unidos poderiam perder sua nota máxima de crédito nas próximas semanas, aumentando a pressão sobre Washington para elevar o teto de sua dívida.

O anúncio da Moody's, a primeira entre as maiores agências de classificação a colocar a nota "AAA" dos EUA em revisão para um possível rebaixamento, aconteceu minutos depois de o presidente do país, Barack Obama, e líderes do Congresso retomarem as negociações sobre o déficit pelo quarto dia consecutivo, em uma tensa reunião, segundo um assessor republicano.

O presidente e parlamentares, que se reuniram por cerca de duas horas na quarta-feira, tentam chegar a um acordo para reduzir o déficit. Os republicanos exigem profundos cortes de gastos para apoiar o aumento do limite de endividamento de 14,3 trilhões de dólares e evitar uma potencialmente devastadora moratória.

Obama disse aos republicanos, no fim de uma agitada reunião sobre o orçamento, que não cederá mais, mesmo que isso coloque em risco sua Presidência, e finalizou o encontro de forma abrupta, disse um assessor republicano.

"Cheguei ao ponto no qual digo basta", afirmou Obama, segundo o assessor. "Ronald Reagan estaria sentado aqui? Cheguei ao meu limite. Isso poderia derrubar minha Presidência, mas não vou ceder." Outra fonte na sala negou que Obama tivesse encerrado a reunião de forma repentina, mas afirmou que o presidente disse a líderes do Congresso que "já basta" e que era essencial resolver o problema da dívida.

Um assessor democrata garantiu que Obama, que fará novas reuniões na quinta-feira, pediu aos republicanos que parassem com sua postura política.

Na reunião de quarta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, o máximo republicano no Congresso, descartou os cortes nos gastos oferecidos pela Casa Branca como "truques contábeis".

Segundo um alto assessor democrata, Obama e o líder republicano na Câmara, Eric Cantor, discutiram sobre se deveriam tentar um aumento do teto da dívida no curto-prazo.

Na reunião, Cantor pediu repetidamente por um acordo no curto-prazo que evitaria uma moratória iminente, disse o assessor. Mas Obama "resistiu muito fortemente" e declarou que vetaria o plano, contou.

O Tesouro norte-americano declarou que ficará sem dinheiro para pagar as contas em 2 de agosto.

A Moody's afirmou que vê uma "crescente possibilidade de que o limite estatutário da dívida não seja elevado a tempo adequado, levando a um default sobre as obrigações de dívida do Tesouro dos Estados Unidos." Segundo uma autoridade democrata, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse que o anúncio da Moody's sublinhou a necessidade de não apenas aumentar o limite da dívida nacional até 2 de agosto, mas também de reduzir os déficits federais.

A última vez que os EUA foram colocados em revisão para um possível rebaixamento foi em 1996, pela Moody's.

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Washington - A agência de classificação de risco Moody's sacudiu na quarta-feira as negociações sobre a dívida na Casa Branca, com o alerta de que os Estados Unidos poderiam perder sua nota máxima de crédito nas próximas semanas, aumentando a pressão sobre Washington para elevar o teto de sua dívida.

O anúncio da Moody's, a primeira entre as maiores agências de classificação a colocar a nota "AAA" dos EUA em revisão para um possível rebaixamento, aconteceu minutos depois de o presidente do país, Barack Obama, e líderes do Congresso retomarem as negociações sobre o déficit pelo quarto dia consecutivo, em uma tensa reunião, segundo um assessor republicano.

O presidente e parlamentares, que se reuniram por cerca de duas horas na quarta-feira, tentam chegar a um acordo para reduzir o déficit. Os republicanos exigem profundos cortes de gastos para apoiar o aumento do limite de endividamento de 14,3 trilhões de dólares e evitar uma potencialmente devastadora moratória.

Obama disse aos republicanos, no fim de uma agitada reunião sobre o orçamento, que não cederá mais, mesmo que isso coloque em risco sua Presidência, e finalizou o encontro de forma abrupta, disse um assessor republicano.

"Cheguei ao ponto no qual digo basta", afirmou Obama, segundo o assessor. "Ronald Reagan estaria sentado aqui? Cheguei ao meu limite. Isso poderia derrubar minha Presidência, mas não vou ceder." Outra fonte na sala negou que Obama tivesse encerrado a reunião de forma repentina, mas afirmou que o presidente disse a líderes do Congresso que "já basta" e que era essencial resolver o problema da dívida.

Um assessor democrata garantiu que Obama, que fará novas reuniões na quinta-feira, pediu aos republicanos que parassem com sua postura política.

Na reunião de quarta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, o máximo republicano no Congresso, descartou os cortes nos gastos oferecidos pela Casa Branca como "truques contábeis".

Segundo um alto assessor democrata, Obama e o líder republicano na Câmara, Eric Cantor, discutiram sobre se deveriam tentar um aumento do teto da dívida no curto-prazo.

Na reunião, Cantor pediu repetidamente por um acordo no curto-prazo que evitaria uma moratória iminente, disse o assessor. Mas Obama "resistiu muito fortemente" e declarou que vetaria o plano, contou.

O Tesouro norte-americano declarou que ficará sem dinheiro para pagar as contas em 2 de agosto.

A Moody's afirmou que vê uma "crescente possibilidade de que o limite estatutário da dívida não seja elevado a tempo adequado, levando a um default sobre as obrigações de dívida do Tesouro dos Estados Unidos." Segundo uma autoridade democrata, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse que o anúncio da Moody's sublinhou a necessidade de não apenas aumentar o limite da dívida nacional até 2 de agosto, mas também de reduzir os déficits federais.

A última vez que os EUA foram colocados em revisão para um possível rebaixamento foi em 1996, pela Moody's.

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