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Alemanha trabalha para banir Estado Islâmico do país

Segundo altos funcionários, centenas de alemães viajaram para a Síria para apoiar a facção radical no país

Combatente do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) em Mussul, no Iraque (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 18h49.

Berlim - A Alemanha está trabalhando para banir o grupo extremista Estado Islâmico no país depois de centenas de alemães viajarem para a Síria para apoiar a facção radical no país, informaram dois altos funcionários da coligação da chanceler Angela Merkel.

"Meu entendimento é que o ministro do Interior está trabalhando a toda velocidade para declarar o banimento das atividades do grupo e que o teste será feito de forma minuciosa e rápida", afirmou Wolfgang Bosbach, parlamentar da União Democrática Cristã.

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"O movimento é necessário porque a maior ameaça à segurança interna deriva do retorno dos militantes do Estado Islâmico. Atividades de apoio, como expressões públicas de simpatia ao grupo e recrutamento de membros e coleta de dinheiro estão colocando a segurança interna do nosso país em risco", completou Bosbach.

De acordo com ele, a medida será anunciada pelo ministro do interior, Thomas de Maizière, nos próximos dias ou semanas.

O parlamentar Patrick Sensburg, também da União Democrática Cristã, confirmou que Maizière iria banir o grupo e que o ato poderia incluir a proibição de exibir bandeiras e símbolos do Estado Islâmico.

Sensburg disse que os bens do grupo na Alemanha também precisam ser confiscados e que as autoridades iriam examinar se deveriam processar apoiadores do grupo no país.

Um porta voz do ministro se recusou a comentar a questão. No começo da semana, Maizière disse a parlamentares que o governo estava preparando medidas energéticas contra os extremistas islâmicos na Alemanha.

O plano de banimento vem depois de apoiadores do Estado Islâmico atacarem um grupo de jihardistas na cidade alemã de Herford, no último mês.

O grupo extremista é acusado de realizar uma limpeza étnica e de tentativa de genocídio depois de ataques sistemáticos a minorias religiosas no norte do Iraque.

No relatório publicado em junho, o Escritório para Proteção da Constituição, agência de inteligência alemã, informou que não havia evidências de estruturas ou membros do Estado Islâmico no país.

Contudo, em uma entrevista a uma rádio há duas semanas, o presidente da agência, Hans-Georg Maassen, afirmou que 400 alemães ou pessoas que moravam no país se uniram ao grupo extremista na Síria e no Iraque.

Pelo menos cinco dessas pessoas atuaram como homens-bomba no Oriente Médio, segundo Maasen. Ele afirmou que o terrorismo islâmico é a maior ameaça de segurança na Alemanha.

O apoio a grupos islâmicos tem crescido no país. A agência de inteligência nacional estima que o número de potenciais apoiadores cresceu de 38.080 em 2011 para 43.190 em 2013. Fonte: Associated Press.

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