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Alemanha toma rédea do Brexit para acordo sair do papel

Governo alemão se reuniu com os britânicos para discutir os termos da saída do Reino Unidos da UE, e demonstrar apoio a uma transição mais “suave”

ALEMANHA: chanceler Angela Merkel se posiciona a favor de acordo com menos detalhes / REUTERS | Kai Pfaffenbach

ALEMANHA: chanceler Angela Merkel se posiciona a favor de acordo com menos detalhes / REUTERS | Kai Pfaffenbach

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2018 às 06h17.

Última atualização em 6 de setembro de 2018 às 06h41.

Maior economia da Europa, a Alemanha vinha observando à distância o tragicômico desenrolar do Brexit, a saída britânica da União Europeia. Até esta quinta-feira. A União Social-Cristã, partido da chanceler alemã Angela Merkel, vai publicar seu parecer sobre o processo de divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia. O documento pode ser um ponto cabal no processo, uma vez que o partido tem liderança no país.

Ontem, o governo alemão se reuniu com os britânicos para discutir os termos do Brexit, e demonstrar apoio a uma saída mais “suave”. Os dois países concordaram com um acordo menos detalhado, para cumprir o prazo estipulado de entrega, para outubro deste ano. A Alemanha afirmou que vai se manter unida à União Europeia, e que não pretende negociar um acordo bilateral.

Recomendou ainda que nenhum país do bloco negocie paralelamente um outro acordo com o Reino Unido. Segundo um porta-voz, “o governo alemão confia na liderança do chefe de negociação da União Europeia, Michel Barnier”. Barnier, por sua vez, se encontrará com o secretário de Estado britânico para a saída da União Europeia, Dominic Raab, para mais uma rodada de discussões sobre o processo de saída.

A Alemanha se recusa a participar de qualquer negociação paralela, uma vez que, junto com a França, é considerada líder do bloco. Estima-se que 59 % das exportações alemãs destinam-se a outros países da União Europeia.

A afirmação alemã, portanto, pode ter sido um revés para o Reino Unido, que se atrapalha em chegar ao acordo da separação, e tem investido em acordos bilaterais com outros países. No mês passado, por exemplo, a primeira-ministra britânica Theresa May se reuniu com diversos líderes africanos para negociar acordos econômicos, e estreitar as relações diplomáticas.

Mesmo com o duro posicionamento da Alemanha, a conversa e a possível publicação do parecer fizeram com que a moeda britânica, a libra esterlina, tivesse uma valorização. Na quarta, a moeda teve uma alta de 1,2%, passando a valer 1,16 euro. Segundo a sinalização do mercado, é qualquer sinalização de acordo é melhor do que nada. Para os investidores, o inaceitável mesmo é a indefinição atual.

O Reino Unido tem até março do ano que vem para deixar a União Europeia.

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