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Alemanha rejeita controle seletivo de passageiros aéreos

Setor do tráfego aéreo do país havia sugerido a medida, para ajudar no combate ao terrorismo

Policiais no aeroporto de Frankfurt: sindicato da classe também não aceitou a proposta (Alex Grimm/Getty Images)

Policiais no aeroporto de Frankfurt: sindicato da classe também não aceitou a proposta (Alex Grimm/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 08h04.

Berlim - O Governo alemão desprezou nesta quarta-feira a implantação de um controle seletivo de passageiros nos aeroportos em função de idade ou procedência do viajante, como propôs o setor do tráfego aéreo como medida na luta antiterrorista.

A ministra da Justiça, Sabine Leutheussen-Schnarrenberger, rejeitou essa proposta, em declarações publicadas nesta quarta no jornal "Frankfurter Rundschau", e lembrou que estabelecer divisões no tratamento dos passageiros por questão de origem ou religião resulta em estigmatizá-los.

Pesa como justificativa que a postura seria contrária ao princípio alemão e europeu da igualdade dos indivíduos diante da lei, acrescentou a ministra, do Partido Liberal (FDP).

"Um funcionário de aeroporto bem formado tem condições de decidir como deve ser controlado cada indivíduo", aponta Leutheussen-Schnarrenberger.

A ministra respondeu dessa forma à proposta do presidente da Associação de Aeroportos alemães (ADV), Christoph Blume, de introduzir esse novo controle.

Contrária a medida também está o Sindicato da Polícia (GdP), cujo presidente, Bernhard Witthaut, advertiu nesta quarta, através da televisão pública "ZDF", que o sistema seria não só ilegítimo do ponto de vista legal, mas pouco efetivo.

"Um sistema de controle seletivo não aumentaria a segurança", indicou Witthaut, para quem o decisivo para a melhoria do controle aéreo seria uma desprivatização dos controles, para passar a competência a Polícia.

"O olho do policial é para estas situações mais efetivo do que as instruções as equipes privadas", acrescentou o presidente de GdP.

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