Berlim - A Alemanha registrou em julho um número recorde de novos solicitantes de asilo, informaram nesta sexta-feira as autoridades do país, em meio ao alarme pelos ataques contra centros de amparo, em construção ou já habitados.

O cômputo de novas solicitações neste mês foi de 79 mil, segundo dados divulgados hoje, que o presidente do Departamento de Migração e Refugiados, Manfred Schmidt, qualificou de "recorde histórico".

Os novos solicitantes correspondentes a julho procedem majoritariamente de regiões atingidas por conflitos armados, como Síria, Iraque e Afeganistão.

Até agora, o citado departamento estimava que neste ano seria registrado um número recorde estimado em 450 mil peticionários, mas segundo Schmidt essas previsões vão ter que ser revisadas em alta.

Estas informações coincidem com as advertências lançadas desde os poderes locais e os "Länder" (estados federados), que se mostram transbordados perante as necessidades de amparo e os longos prazos de resolução das solicitações, até que são aceitadas ou rechaçadas.

Atualmente estão acumulados cerca de 209 mil pedidos pendentes de resolução, admitiu Schmidt, dos quais cerca de 90 mil correspondem a solicitantes dos Bálcãs -aos quais teoricamente pode-se negar o asilo-, assim como cerca de 40 mil procedentes da Síria.

Nos últimos meses ocorreram os atentados contra albergues e residências de asilados.

A Alemanha recebeu já em 2014 um recorde de refugiados, mais de 200 mil, o que coincidiu também com um aumento dos atos violentos de motivação ultradireitista, um total de 990, 24% a mais que em 2013.