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Alemanha reforça medidas de segurança após atentado em Paris

O ministro de Interior alemão condenou o ataque contra a publicação satírica e ressaltou a necessidade de distinguir com clareza o terrorismo islamita e o Islã


	Berlim: está no auge na Alemanha do movimento islamofóbico Pegida
 (Andreas Rentz/Getty Images)

Berlim: está no auge na Alemanha do movimento islamofóbico Pegida (Andreas Rentz/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 14h19.

Berlim - O governo alemão reforçou "parcialmente" as medidas de segurança no país após o ataque contra a revista francesa satírica "Charlie Hebdo" em Paris, que terminou com 12 mortos, embora não existam "indícios concretos" que apontem para um risco de atentado, informou nesta quarta-feira o responsável germânico de Interior, Thomas de Maizière.

O ministro condenou o ataque contra a publicação satírica e ressaltou a necessidade de distinguir com clareza o terrorismo islamita e o Islã perante o auge na Alemanha do movimento islamofóbico Pegida, que considerou que o atentado reforça os motivos pelos quais milhares de pessoas às rua em Dresden.

"O extremismo islamita e o terrorismo islamita é algo totalmente diferente do Islã. E essa distinção, especialmente hoje, é urgente", recalcou o titular de Interior.

De Maizière afirmou que na Alemanha não há "nenhum indício concreto que aponta a possíveis atentados dessas características ou a atentados terroristas em geral".

"A situação é grave e há motivos para a preocupação e para a precaução, mas não para o pânico", insistiu De Maizière, ao lembrar que a Alemanha compartilha os valores democráticos da França e também os riscos de todas as democracias.

A ação cometida em Paris, acrescentou, "é um ataque à liberdade de imprensa e um atentado ao coração de nossa democracia".

Em 23 de dezembro, o jornal "Bild" informou que as forças de segurança alemãs se encontravam em máxima alerta ao considerar possível que ocorressem, "em qualquer momento", atentados "de distinta intensidade e dimensão" perpetrados por radicais islamitas.

O jornal citava um relatório de caráter confidencial no qual advertia que a participação da Alemanha na luta contra o jihadista Estado Islâmico poderia ser usada como "justificativa para atividades terroristas".

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