Alemanha realiza eleições que são teste para Angela Merkel
Para esta terceira eleição regional em oito semanas, o Partido Social-Democrata (SPD, oposição) se apresenta como favorito
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2012 às 10h32.
Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, enfrentará no domingo eleições regionais difíceis em um reduto tradicional da esquerda, a Renânia do Norte-Vestfália, nas últimas eleições antes das legislativas previstas para daqui a 16 meses.
A coalizão federal-liberal-conservadora que tenta impor na Europa seu rigor econômico já sofreu uma derrota no domingo passado em Schleswig-Holstein (norte), depois de um ano 2011 marcado por uma série de revezes para o partido liberal FDP.
Para esta terceira eleição regional em oito semanas, o Partido Social-Democrata (SPD, oposição) se apresenta como favorito. Todas as pesquisas mostram que conta com 38% das intenções de voto neste Estado, o mais povoado da Alemanha, com 18 milhões de habitantes e cidades importantes como Colônia e Dusseldorf.
O Estado, que votou tradicionalmente a favor do SPD, é um centro industrial onde nove empresas cotadas no DAX, índice dos principais valores da Bolsa de Frankfurt, têm sua sede, e um bastião histórico da social-democracia.
Nas eleições de domingo, espera-se que o SPD mantenha o controle do Estado, mas, provavelmente, em coalizão com um ou vários aliados.
Os conservadores da CDU, o partido de Angela Merkel, contam com 30% das intenções de voto e são liderados pelo ministro do Meio Ambiente, Norbert Rottgen.
Segundo as pesquisas, os Verdes teriam 11% das intenções de voto, enquanto os liberais do FDP, em plena decadência há 18 meses, conseguiriam por volta de 5% dos votos, percentual necessário para entrar no Parlamento regional.
A atenção também estará centrada em um novo movimento de protesto, chamado de Partido dos Piratas, considerado o desmancha-prazeres do jogo político e que já irrompeu em três Parlamentos regionais em nove meses.
Seja qual for o resultado, terá um "impacto limitado" para a chanceler, considerou Volker Kronenberg, diretor do Instituto de Ciência Política de Bonn.
Angela Merkel continua sendo popular e os alemães estão de acordo com a austeridade para proteger a Eurozona, como prega a chanceler. Segundo uma pesquisa da revista Stern, cerca de 59% dos alemães rejeitam medidas para apoiar o crescimento, já que significaria novas dívidas.
"Financiar com crédito o crescimento nos levaria ao início da crise. Não queremos, nem faremos isso", declarou Merkel na quinta-feira perante os deputados.
No entanto, a chanceler pode ter problemas em manter esta postura tão firme após as eleições de domingo.
"As eleições na França e na Grécia terão consequências", considerou Kronenberg. "A política interna muda atualmente devido às eleições nestes dois países".
De qualquer forma, o especialista afirmou que a coalizão de Merkel será mantida até as legislativas de setembro de 2013, graças a uma chanceler firme e sem opositores.
A eleição de domingo se tornou necessária depois que a chefe do governo regional, a social-democrata Hannelore Kraft, se deu por vencida em seu empenho de obter uma maioria estável, já que contava com o apoio ocasional dos conservadores, dos liberais do FDP ou da esquerda radical Die Linke.
Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, enfrentará no domingo eleições regionais difíceis em um reduto tradicional da esquerda, a Renânia do Norte-Vestfália, nas últimas eleições antes das legislativas previstas para daqui a 16 meses.
A coalizão federal-liberal-conservadora que tenta impor na Europa seu rigor econômico já sofreu uma derrota no domingo passado em Schleswig-Holstein (norte), depois de um ano 2011 marcado por uma série de revezes para o partido liberal FDP.
Para esta terceira eleição regional em oito semanas, o Partido Social-Democrata (SPD, oposição) se apresenta como favorito. Todas as pesquisas mostram que conta com 38% das intenções de voto neste Estado, o mais povoado da Alemanha, com 18 milhões de habitantes e cidades importantes como Colônia e Dusseldorf.
O Estado, que votou tradicionalmente a favor do SPD, é um centro industrial onde nove empresas cotadas no DAX, índice dos principais valores da Bolsa de Frankfurt, têm sua sede, e um bastião histórico da social-democracia.
Nas eleições de domingo, espera-se que o SPD mantenha o controle do Estado, mas, provavelmente, em coalizão com um ou vários aliados.
Os conservadores da CDU, o partido de Angela Merkel, contam com 30% das intenções de voto e são liderados pelo ministro do Meio Ambiente, Norbert Rottgen.
Segundo as pesquisas, os Verdes teriam 11% das intenções de voto, enquanto os liberais do FDP, em plena decadência há 18 meses, conseguiriam por volta de 5% dos votos, percentual necessário para entrar no Parlamento regional.
A atenção também estará centrada em um novo movimento de protesto, chamado de Partido dos Piratas, considerado o desmancha-prazeres do jogo político e que já irrompeu em três Parlamentos regionais em nove meses.
Seja qual for o resultado, terá um "impacto limitado" para a chanceler, considerou Volker Kronenberg, diretor do Instituto de Ciência Política de Bonn.
Angela Merkel continua sendo popular e os alemães estão de acordo com a austeridade para proteger a Eurozona, como prega a chanceler. Segundo uma pesquisa da revista Stern, cerca de 59% dos alemães rejeitam medidas para apoiar o crescimento, já que significaria novas dívidas.
"Financiar com crédito o crescimento nos levaria ao início da crise. Não queremos, nem faremos isso", declarou Merkel na quinta-feira perante os deputados.
No entanto, a chanceler pode ter problemas em manter esta postura tão firme após as eleições de domingo.
"As eleições na França e na Grécia terão consequências", considerou Kronenberg. "A política interna muda atualmente devido às eleições nestes dois países".
De qualquer forma, o especialista afirmou que a coalizão de Merkel será mantida até as legislativas de setembro de 2013, graças a uma chanceler firme e sem opositores.
A eleição de domingo se tornou necessária depois que a chefe do governo regional, a social-democrata Hannelore Kraft, se deu por vencida em seu empenho de obter uma maioria estável, já que contava com o apoio ocasional dos conservadores, dos liberais do FDP ou da esquerda radical Die Linke.