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Alemanha propõe lei para integrar imigrantes ao mercado

A intenção é facilitar o acesso a programas de aprendizagem e mercado de trabalho para que os refugiados consigam se estabelecer de forma independente


	Refugiados: o projeto inclui oferta de aulas de alemão e cultura alemã
 (Hannibal Hanschke / Reuters)

Refugiados: o projeto inclui oferta de aulas de alemão e cultura alemã (Hannibal Hanschke / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2016 às 17h20.

Berlim - O governo da Alemanha aprovou nesta quarta-feira novas leis para integrar com mais rapidez imigrantes à sociedade e à economia do país. O objetivo é evitar o surgimento de tensões sociais, já que no ano passado 1,1 milhão de imigrantes chegaram ao país.

O projeto agora segue para o Parlamento, onde será analisado. Até a aprovação final das novas leis, os imigrantes terão que seguir alguns procedimentos, como se submeter a órgãos responsáveis por decidir a região da Alemanha onde poderão ficar.

Caso essa orientação seja descumprida, o imigrante pode ser punido.

A intenção é facilitar o acesso a programas de aprendizagem e mercado de trabalho para que os refugiados consigam se estabelecer de forma independente com mais rapidez. O projeto inclui oferta de aulas de alemão e cultura alemã.

A Alemanha não tem uma legislação que oriente a entrada de imigrantes no mercado de trabalho, por isso a proposta foi chamada de "marco" pela chanceler alemã, Angela Merkel.

"Estamos fazendo uma ótima oferta para quem está vindo, mas também estamos dizendo claramente que esperamos que essas pessoas aceitem essa oferta", destacou Merkel.

Nas palavras do vice-chanceler, Sigmar Gabriel, a mensagem é de que "se você realmente se engajar, poderá ser alguém aqui".

Segundo a proposta enviada ao Parlamento, apenas os imigrantes que conseguirem demonstrar capacidade de integração irão receber o direito irrestrito para se estabelecerem no país.

A Alemanha recebe atualmente o maior número de imigrantes desde a Segunda Guerra Mundial.

Como o país já é o mais populoso da Europa e muitos dos imigrantes - a maior parte vindos do Oriente Médio - não terá condições de retornar aos países de origem, o governo está preocupado na forma como absorver um número tão grande de pessoas.

Para os imigrantes que ainda não terminaram o processo para serem reconhecidos como refugiados, a lei ainda prevê a criação de 100.000 postos de trabalho de baixos salários até o fim do processo de reconhecimento.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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