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Alemanha divulga medidas para impor limites à imigração

O plano de 63 pontos do ministro do Interior quer tornar a Alemanha um destino menos atraente para migrantes políticos e econômicos

Merkel aceitou endurecer a política de imigração, com a condição de que nenhum imigrante fosse recusado sem acordo com os países vizinhos europeus (Jon Nazca/Reuters)

Merkel aceitou endurecer a política de imigração, com a condição de que nenhum imigrante fosse recusado sem acordo com os países vizinhos europeus (Jon Nazca/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de julho de 2018 às 13h59.

Berlim - O ministro do Interior da Alemanha, Horst Seehofer, divulgou dezenas de medidas destinadas a limitar a imigração nesta terça-feira, no mais recente sinal de uma reação contra a chegada de 1,5 milhão de refugiados desde 2015. No entanto, o ministro reconheceu discordâncias no governo de coalizão da chanceler Angela Merkel sobre a imigração, tornando improvável que seu "plano diretor de imigração" seja implementado na íntegra.

"Não é um plano de coalizão, é um plano do ministro do Interior", disse Seehofer, que comanda a União Social Cristã da Baviera, e que é adepto de uma visão linha-dura quanto à imigração. O ministro chegou perto de deixar o governo Merkel há duas semanas, depois de ameaçar rejeitar alguns imigrantes na fronteira, apesar da oposição da chanceler.

A crise terminou em um acordo, com Merkel aceitando endurecer sua política de refugiados, com a condição de que nenhum imigrante fosse recusado sem o acordo dos países vizinhos europeus, o que, de acordo com Seehofer, ainda não se refletiu plenamente.

O plano de 63 pontos do ministro inclui políticas destinadas a tornar a Alemanha um destino menos atraente para migrantes políticos e econômicos. Essas políticas incluem a substituição de benefícios em dinheiro para solicitantes de asilo, apressando a revisão de pedidos de asilo e a deportação de candidatos rejeitados. Além disso, há uma limitação ao direito de apelação. "O plano mestre anuncia uma mudança urgentemente necessária na política de asilo alemã", disse Seehofer.

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