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Alckmin defende fidelidade e menor número de partidos

Governador disse que não existem "30 ideologias" no Brasil e criticou a nova legenda de Kassab

Geraldo Alckmin evitou questionar a fidelidade partidária do vice-governador Guilherme Afif Domingos, que anunciou, recentemente, a saída do DEM para integrar o partido de Kassab (Ciete Silvério/Governo de SP)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2011 às 10h49.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu hoje a realização de uma reforma política que enfoque a fidelidade partidária, voto distrital e cláusula de barreira. Questionado sobre a recriação do PSD pelo prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, Alckmin disse, em entrevista à Rádio Estadão ESPN, que o País tem 30 partidos, mas não possui "30 ideologias". "É preciso ter cláusula de barreira, que se estabeleça um número menor de partidos e fidelidade partidária", afirmou.

O governador de São Paulo evitou questionar a fidelidade partidária do vice-governador Guilherme Afif Domingos, que anunciou, recentemente, a saída do DEM para integrar o PSD. "A legislação hoje permite", limitou-se a dizer. No entanto, Alckmin insinuou que a criação de uma legenda não contribuiu com a política do País. "Nós precisamos ter menos partidos e partidos mais programáticos", afirmou.

Sem citar nomes, ele declarou que a adoção da votação distrital impediria, por exemplo, que envolvidos no "mensalão" do governo do PT tivessem sido reeleitos. "Reelegeram-se porque foram buscar voto no Estado inteiro. Se o voto fosse distrital, ninguém se reelegeria", acredita. De acordo com o governador, o voto por distrito aproxima o parlamentar do eleitor e barateia a campanha por obrigá-lo a pedir votos na localidade. "Hoje, elege-se quem está na mídia", concluiu.

Sobre o papel da oposição na esfera federal, Alckmin respondeu a críticas de o PSDB teria um desempenho apático. "Apenas não fazemos oposição de forma raivosa, como o PT fazia com o governo Fernando Henrique. É uma oposição madura, não é uma oposição eleiçoreira", garantiu. "Mas não é fácil fazer oposição no Brasil", admitiu, em seguida. O governador evitou também críticas abertas à gestão da presidente Dilma Rousseff.

"Ela começou bem-intencionada, corrigindo alguns temas na política externa que precisavam ser corrigidos", disse. "Quem tem de avaliar são os eleitores. Ela tem de ser avaliada no final de seu mandato", emendou. Alckmin segue na manhã de hoje para Brasília, onde participará de uma homenagem, no Congresso Nacional, ao ex-governador de São Paulo Mário Covas, que morreu há dez anos.

O governador paulista deve encontrar-se também com o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), e com o senador Delcídio Amaral (PT-MS), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, para discutir uma proposta que cria alíquota interestadual zero para produtos importados.

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São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu hoje a realização de uma reforma política que enfoque a fidelidade partidária, voto distrital e cláusula de barreira. Questionado sobre a recriação do PSD pelo prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, Alckmin disse, em entrevista à Rádio Estadão ESPN, que o País tem 30 partidos, mas não possui "30 ideologias". "É preciso ter cláusula de barreira, que se estabeleça um número menor de partidos e fidelidade partidária", afirmou.

O governador de São Paulo evitou questionar a fidelidade partidária do vice-governador Guilherme Afif Domingos, que anunciou, recentemente, a saída do DEM para integrar o PSD. "A legislação hoje permite", limitou-se a dizer. No entanto, Alckmin insinuou que a criação de uma legenda não contribuiu com a política do País. "Nós precisamos ter menos partidos e partidos mais programáticos", afirmou.

Sem citar nomes, ele declarou que a adoção da votação distrital impediria, por exemplo, que envolvidos no "mensalão" do governo do PT tivessem sido reeleitos. "Reelegeram-se porque foram buscar voto no Estado inteiro. Se o voto fosse distrital, ninguém se reelegeria", acredita. De acordo com o governador, o voto por distrito aproxima o parlamentar do eleitor e barateia a campanha por obrigá-lo a pedir votos na localidade. "Hoje, elege-se quem está na mídia", concluiu.

Sobre o papel da oposição na esfera federal, Alckmin respondeu a críticas de o PSDB teria um desempenho apático. "Apenas não fazemos oposição de forma raivosa, como o PT fazia com o governo Fernando Henrique. É uma oposição madura, não é uma oposição eleiçoreira", garantiu. "Mas não é fácil fazer oposição no Brasil", admitiu, em seguida. O governador evitou também críticas abertas à gestão da presidente Dilma Rousseff.

"Ela começou bem-intencionada, corrigindo alguns temas na política externa que precisavam ser corrigidos", disse. "Quem tem de avaliar são os eleitores. Ela tem de ser avaliada no final de seu mandato", emendou. Alckmin segue na manhã de hoje para Brasília, onde participará de uma homenagem, no Congresso Nacional, ao ex-governador de São Paulo Mário Covas, que morreu há dez anos.

O governador paulista deve encontrar-se também com o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), e com o senador Delcídio Amaral (PT-MS), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, para discutir uma proposta que cria alíquota interestadual zero para produtos importados.

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