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Al-Qaeda se retira de duas cidades do Iêmen após protestos

Os extremistas entraram nas localidades de Loder e Shaqra aproveitando-se de um protesto das tropas contra o atraso no pagamento dos salários

Iêmen: os habitantes "afirmaram durante estas concentrações que estavam dispostos a pegar em armas" contra os jihadistas (Mohamed al-Sayaghi/Reuters)
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AFP

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 17h22.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2017 às 17h32.

Combatentes da Al-Qaeda se retiraram nesta sexta-feira de duas cidades do sul do Iêmen - cujo controle haviam retomado na véspera - em consequência de um movimento de protesto da população, informou uma fonte da administração local.

"Retiraram-se de Loder e de Shaqra após manifestações de protesto da população", declarou à AFP esta fonte, que pediu anonimato.

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Os habitantes "afirmaram durante estas concentrações que estavam dispostos a pegar em armas" contra os jihadistas, acrescentou.

Os combatentes se redistribuíram, segundo ele, nos arredores.

Na quinta-feira, os extremistas da Al-Qaeda entraram nas localidades de Loder e Shaqra, na província de Abyan, aproveitando-se de um protesto das tropas governamentais contra o atraso no pagamento dos salários, disse à AFP uma fonte dos serviços de segurança.

Horas antes, a rede extremista havia reconquistado Ahwar, também em Abyan, segundo fontes tribais.

"Nossas forças também se queixam da falta de meios, principalmente de armas, para enfrentar os jihadistas, que intensificaram os ataques", acrescentou a fonte de segurança.

Segundo ele, os combatentes da Al-Qaeda estabeleceram postos de controle em Loder e Shaqra, onde destruíram com explosivos dois edifícios das forças de segurança.

A coalizão militar árabe liderada pela Arábia Saudita, que apoia as forças leais ao presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, executou dois ataques aéreos contra a Al-Qaeda em Loder, de acordo com uma fonte das forças de segurança.

Fontes tribais afirmaram à AFP que temem que a Al-Qaeda retome o controle de Zinyibar, capital de Abyan, de onde o grupo foi expulso por forças leais ao governo.

Desde março de 2015, mais de 7.400 pessoas morreram e cerca de 40.000 ficaram feridas no conflito do Iêmen. A Al-Qaeda e o grupo Estado Islâmico aproveitaram a guerra e o caos para se fortalecerem, principalmente no sul do país.

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