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Al Qaeda pede liberdade a jihadistas em troca de sequestrado

Weinstein, de 70 anos e de origem judaica, trabalhava para a empresa de consultoria americana J.E. Austin Associates e vivia desde 2006 em Lahore, no Paquistão

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 20h00.

Cairo - O líder da Al Qaeda, Ayman al Zawahiri, pediu nesta terça-feira a libertação de islamitas detidos nos Estados Unidos em troca da libertação do funcionário terceirizado americano Warren Weinstein, sequestrado no Paquistão em agosto do ano passado.

''Não libertaremos o americano Warren Weinstein até que os cruzados libertem nossos homens detidos, entre eles o xeque Omar Abdel Rahman e Afia Sidiqui'', disse o líder da organização terrorista em discurso divulgado nos foros jihadistas na internet, que coincide com o aniversário dos atentados do dia 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Weinstein, de 70 anos e de origem judaica, trabalhava para a empresa de consultoria americana J.E. Austin Associates e vivia desde 2006 em Lahore, no Paquistão, até que foi sequestrado por Al Qaeda em agosto de 2011.

Após reivindicar o sequestro em dezembro do ano passado, Al Qaeda afirmou que libertará Weinstein se os EUA puserem fim a seus ataques com aviões não tripulados no Afeganistão, Paquistão, Somália e Iêmen, e libertar vários presos do grupo.

Sidiqui, neurologista paquistanesa de 40 anos, foi condenada em setembro 2010 por um tribunal federal de Nova York a 86 anos de prisão por ter tentado matar soldados americanos e agentes do FBI enquanto se estava detida no Afeganistão.

Abdel Rahman é um xeque extremista egípcio preso nos EUA após uma fracassada tentativa de atentado contra as Torres Gêmeas em 1993 e condenado em 1996 à prisão perpétua.

O discurso de Zawahiri faz parte de um documentário de 42 minutos de duração, que inclui também o pronunciamento do que foi o ''número dois'' do grupo terrorista Abu Jahia al Libbi, antes de ser assassinado em junho em uma ofensiva aérea americana no Paquistão.

Na gravação, Zawahiri reconhece pela primeira vez a morte de Libbi, de nacionalidade líbia e líder ideológico e militar de Al Qaeda, a quem citou por seu nome verdadeiro, Hassan Mohammed Qaeid.

Zawahiri lembrou que Libbi participou da guerra afegã contra o Exército soviético nos anos 80 e contra a invasão do Afeganistão por parte de forças internacionais em outubro de 2001, após os atentados do 11S.

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