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Al Qaeda na Síria diz que objetivo é criar emirado islâmico

A Frente al Nusra afirmou que objetivo é criar emirado muçulmano de acordo com a lei islâmica, de acordo comunicado


	Combatente do grupo Frente Al-Nusra: grupo é filial da Al Qaeda na Síria
 (Guillaume Briquet/AFP)

Combatente do grupo Frente Al-Nusra: grupo é filial da Al Qaeda na Síria (Guillaume Briquet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 20h26.

Beirute - A Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria, afirmou que seu objetivo é criar "um emirado muçulmano" sob a autoridade de Alá e de acordo com a Sharia, ou lei islâmica, em comunicado divulgado em fóruns islamitas nas últimas horas.

Na nota, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, o grupo jihadista explica que o emirado será anunciado no futuro com o acordo de todos os mujahedins (guerreiros santos) e dos ulemás.

Além disso, adiantou que esse estado terá de um corpo judicial e de segurança.

A Frente al Nusra adverte que não permitirá que ninguém aborte os resultados da jihad ou "guerra santa", e rejeitou "os projetos não religiosos" que não levem em conta os sacrifícios feitos pelos "mujahedins".

Além disso, pede aos combatentes para fechar fileiras para fazer frente ao regime de Bashar al Assad e a seu rival, o Estado Islâmico (EI), que no final de junho proclamou "um califado muçulmano" no Iraque e na Síria.

Ambos os grupos lutam desde janeiro no norte do território sírio, onde o EI tomou o controle de amplas zonas.

O líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, declarou a Frente al Nusra filial de sua organização na Síria e desautorizou ao EI para operar nesse país e ordenou que se limitasse ao Iraque, o que foi desobedecido por este grupo.

Enquanto, continuaram hoje os enfrentamentos entre o Frente al Nusra e o EI na cidade de Deir ez Zor, no nordeste da Síria, onde os milicianos da primeira organização e seus aliados se retiraram de alguns de seus quartéis.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos precisou que esta retirada coincide com o fracasso das negociações entre ambos os grupos e a morte do emir do Frente al Nusra, Abu Hazem ao Balad, por disparos do EI.

Após a retirada, o EI içou sua bandeira em várias bases da Frente al Nusra em Deir ez Zor, em cujos arredores seguem os enfrentamentos.

A cidade está dividida em bairros controlados pelo regime sírio e outros em mãos da Frente al Nusra.

O EI cerca a cidade e controla a ponte principal sobre o rio Eufrates em passagem por Deir ez Zor, que é a principal via terrestre para a chegada de provisões aos distritos dominados pelo Frente al Nusra e outras facções.

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