Policiais iraquianos patrulham na cidade de Haditha em 19 de abril de 2009
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2012 às 13h56.
Haditha - Pelo menos 27 policiais morreram nesta segunda-feira em Haditha, uma pequena cidade no oeste do Iraque, em uma operação de comando em grande escala atribuída à Al Qaeda, que tem uma forte presença nesta região e executa diversos atentados contra as forças de segurança.
Quase 50 homens armados, alguns fardados e circulando em veículos militares, atacaram vários membros das forças de segurança a partir das 2h00 locais, disse Owaid Jalaf, um coronel da polícia de Haditha, situada 210 km ao oeste de Bagdá, na fronteira com a Síria, na província de Al-Anbar, de maioria sunita.
"Recebemos 27 corpos, todos de policiais, e três feridos, também policiais", informou o diretor do hospital geral de Haditha, Dr. Fadel el Nemraoui, à AFP.
Segundo o comandante Tarek Sayeh Hardan, porta-voz da polícia de Haditha, um coronel e um capitão estão entre os mortos. Ele acrescentou que um dos criminosos morreu nos embates.
Os insurgentes invadiram Haditha atacando pontos do oeste e leste da cidade, deixando 12 policiais mortos.
Após o ataque, fugiram com outros insurgentes que os esperavam em carros civis, totalizando uma força de 50 homens, explicou Jalaf.
O comando cercou a residência do coronel Mohammed el-Chauffer, ex-comandante da unidade de urgência de Haditha, matando seus três seguranças e sequestrando o coronel. Seu corpo foi encontrado mais tarde em um mercado da cidade. O capitão Khaled Mohammed Sayil teve o mesmo destino.
"A Al-Qaeda é responsável. Encontramos folhetos em um carro abandonado", acusou Jalaf.
"A polícia, o Exército e as forças da província de Al-Anbar estão rastreando a cidade, que impôs um toque de recolher", disse o coronel Jalaf.
O último ataque significativo em Haditha, antigo ponto rebelde sunita contra a invasão americana em 2003, aconteceu em 3 de março de 2011, quando um homem-bomba explodiu um banco e matou nove pessoas.
Em novembro de 2005, Haditha foi cenário de um dos crimes de guerra mais graves, atribuído ao Exército dos Estados Unidos no Iraque, matando 24 iraquianos, entre eles várias crianças.
Ataques contra as forças de segurança são frequentes no Iraque.