AL crescerá ao aliar produtividade e educação, diz OCDE
Segundo a OCDE, "para incentivar o crescimento e a equidade é necessário avançar com reformas estruturais"
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 14h40.
Paris - A diversificação na produção e uma educação melhor são necessárias para propiciar o crescimento na América Latina , que "enfrenta a desaceleração econômica iniciada em 2010". A avaliação consta do relatório "Perspectivas Econômicas na América Latina 2015", apresentado pela OCDE nesta quinta-feira, em Paris.
Além da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o documento foi elaborado pela Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).
"O ritmo de expansão econômica da América Latina será o mais modesto dos últimos cinco anos. Os prognósticos para o crescimento do PIB estão entre 1,0%-1,5% em 2014 (2,5% em 2013, 2,9% em 2012), e se recuperarão sutilmente em 2015, até o patamar 2,0%-2,5%", assinala o texto.
Segundo a OCDE, "para incentivar o crescimento e a equidade é necessário avançar com reformas estruturais". O informe ainda explica que o aumento da produtividade na região segue "modesto".
Na comparação com outros países-membro da organização, sustenta a entidade, apesar dos "notáveis avanços" no combate à pobreza nos últimos dez anos, a América Latina "ainda é a região mais desigual do mundo".
Por isso, "melhorar os níveis de educação para toda a população na América Latina e Caribe e as políticas de inovação constituem um componente essencial para impulsionar o crescimento inclusivo na região".
Dessa forma, ainda segundo a OCDE, "é urgente melhorar a relação entre os sistemas educativo e produtivo", reforçando em particular a formação técnica, como destacado no informe.
Diversificação e sofisticação
Paralelamente, os esforços devem ser direcionados à "inovação", permitindo a "diversificação" da produção.
De acordo com o documento, "a América Latina tem obtido avanços significativos na estabilidade macroeconômica e em alguns aspectos de bem-estar, o que requer maiores esforços para levar a um incremento na produtividade, gerar empregos de qualidade e reduzir os níveis de informalidade".
"Para isso, é necessário estabelecer políticas que permitam maior diversificação e sofisticação no sistema produtivo", prossegue o relatório. É preciso contar com "instituições nas áreas de ciência e tecnologia, a fim de superar baixo aprendizado e pouca produtividade".
No texto final do relatório, é avaliado que a política industrial promovida pelos governos latino-americanos "nas próximas décadas deveria incentivar a concorrência na área de novas tecnologias e o enfoque na inovação orientado à sustentabilidade de forma ampla: econômica, social e ambiental".
A organização reconhece as diferenças na região e estima que "cada país deve planejar seu próprio programa de reformas, sabendo que, ao mesmo tempo, não é fácil incrementar a produtividade e reduzir a desigualdade".
A OCDE conclui que "a mudança estrutural do sistema produtivo é fundamental para a América Latina".
Paris - A diversificação na produção e uma educação melhor são necessárias para propiciar o crescimento na América Latina , que "enfrenta a desaceleração econômica iniciada em 2010". A avaliação consta do relatório "Perspectivas Econômicas na América Latina 2015", apresentado pela OCDE nesta quinta-feira, em Paris.
Além da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o documento foi elaborado pela Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).
"O ritmo de expansão econômica da América Latina será o mais modesto dos últimos cinco anos. Os prognósticos para o crescimento do PIB estão entre 1,0%-1,5% em 2014 (2,5% em 2013, 2,9% em 2012), e se recuperarão sutilmente em 2015, até o patamar 2,0%-2,5%", assinala o texto.
Segundo a OCDE, "para incentivar o crescimento e a equidade é necessário avançar com reformas estruturais". O informe ainda explica que o aumento da produtividade na região segue "modesto".
Na comparação com outros países-membro da organização, sustenta a entidade, apesar dos "notáveis avanços" no combate à pobreza nos últimos dez anos, a América Latina "ainda é a região mais desigual do mundo".
Por isso, "melhorar os níveis de educação para toda a população na América Latina e Caribe e as políticas de inovação constituem um componente essencial para impulsionar o crescimento inclusivo na região".
Dessa forma, ainda segundo a OCDE, "é urgente melhorar a relação entre os sistemas educativo e produtivo", reforçando em particular a formação técnica, como destacado no informe.
Diversificação e sofisticação
Paralelamente, os esforços devem ser direcionados à "inovação", permitindo a "diversificação" da produção.
De acordo com o documento, "a América Latina tem obtido avanços significativos na estabilidade macroeconômica e em alguns aspectos de bem-estar, o que requer maiores esforços para levar a um incremento na produtividade, gerar empregos de qualidade e reduzir os níveis de informalidade".
"Para isso, é necessário estabelecer políticas que permitam maior diversificação e sofisticação no sistema produtivo", prossegue o relatório. É preciso contar com "instituições nas áreas de ciência e tecnologia, a fim de superar baixo aprendizado e pouca produtividade".
No texto final do relatório, é avaliado que a política industrial promovida pelos governos latino-americanos "nas próximas décadas deveria incentivar a concorrência na área de novas tecnologias e o enfoque na inovação orientado à sustentabilidade de forma ampla: econômica, social e ambiental".
A organização reconhece as diferenças na região e estima que "cada país deve planejar seu próprio programa de reformas, sabendo que, ao mesmo tempo, não é fácil incrementar a produtividade e reduzir a desigualdade".
A OCDE conclui que "a mudança estrutural do sistema produtivo é fundamental para a América Latina".