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Ajuda à Portugal será de 100 bi de euros, diz autoridade

Verba será levantada pela UE e pelo FMI

Premiê Sócrates renunciou após tentar plano de austeridade e a situação portuguesa será pauta no bloco econômico hoje e amanhã (Getty Images)

Premiê Sócrates renunciou após tentar plano de austeridade e a situação portuguesa será pauta no bloco econômico hoje e amanhã (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 12h02.

Bruxelas - Portugal deverá pedir em breve um empréstimo emergencial da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) com valor entre 50 bilhões de euros e 100 bilhões de euros, informou uma autoridade sênior da zona do euro (que reúne os 17 países que utilizam o euro como moeda). "O socorro de Portugal estará entre os principais assuntos da cúpula da UE hoje e amanhã. Acredito que eles vão pedir o empréstimo logo", disse. "Tem havido uma conversa inicial sobre o valor, provavelmente algo entre 50 bilhões de euros e 100 bilhões de euros, mas eles ainda não fizeram o pedido", acrescentou.

Segundo outra autoridade da zona do euro, o valor do empréstimo deverá ser de 80 bilhões de euros. "(José) Sócrates vai permanecer como primeiro-ministro interino. Nós vamos ver o que ele nos diz. A União Europeia e o FMI nunca concederam empréstimo para um governo interino. Portanto, se Lisboa precisa do dinheiro antes das eleições, deve existir um plano muito criativo", comentou a primeira fonte.

Ontem à tarde, o parlamento de Portugal rejeitou um novo plano de austeridade do governo, o que provocou a renúncia do primeiro-ministro, José Sócrates, e deu início a uma nova fase da crise de dívida soberana da zona do euro. O fracasso em aprovar as medidas, depois de muito debate, ameaça elevar os já altos custos dos empréstimos para o governo português a níveis insustentáveis, o que deve forçar o país a pedir um resgate.

Com isso, Portugal seria o terceiro entre os 17 membros da zona do euro a solicitar ajuda de outros membros do bloco e do FMI, depois de Grécia e Irlanda. "Portugal pode ser socorrido. Isso não é um problema, porque os recursos estão lá. Mas se os mercados agora se concentrarem na Espanha e questões similares surgirem, então teremos um problema, porque esse socorro teria de ser muito grande", acrescentou a primeira fonte. As informações são da Dow Jones.

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