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AIEA afirma que em 6 meses tirarão dúvidas sobre do Irã

O diretor-geral da AIEA disse que inspetores poderão esclarecer em seis meses as dúvidas sobre atividades do programa nuclear do Irã

O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano: "com a cooperação do Irã, acho que podemos emitir um relatório até o fim de ano" (Heinz-Peter Bader/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2015 às 11h34.

Viena - O diretor-geral da AIEA , Yukiya Amano, afirmou neste sábado em Viena que seus inspetores poderão esclarecer nos próximos seis meses as dúvidas sobre as possíveis atividades militares do programa nuclear do Irã .

"Com a cooperação do Irã, acho que podemos emitir um relatório até o fim de ano com uma análise que clarifique os assuntos relacionados com possíveis dimensões militares" do programa nuclear iraniano, assinalou à imprensa o responsável pela agência atômica das Nações Unidas.

Amano nunca tinha sido tão específico sobre quando seus analistas poderiam chegar a uma conclusão sobre este assunto.

As dúvidas sobre atividades do passado e o acesso a locais no Irã que a AIEA precisa investigar são os grandes obstáculos que impedem ainda um acordo atômico entre Irã e o G5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, mais a Alemanha) em Viena.

As declarações do responsável da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ganharam relevância na reta final destas negociações multilaterais, que devem terminar na próxima terça-feira.

Amano esteve esta semana em Teerã para se reunir com a cúpula do governo iraniano e analisar como superar o ponto morto nas inspeções sobre essas suspeitas.

"Fizemos progressos", reiterou o diretor-geral sobre seus encontros no Irã, sem entrar em detalhes.

Mas destacou que a AIEA "intensificou" seus contatos com o Irã e com as seis grandes potências para que um possível acordo durável tenha a "força técnica" necessária.

"Uma vez alcançado um acordo com o Irã, a AIEA está pronta para iniciar qualquer elemento nuclear (do tratado) se assim for exigido", concluiu Amano.

A AIEA emitiu em novembro de 2011 uma lista de possíveis atividades militares do programa nuclear do Irã, como experimentos com explosivos especiais, entre outros.

A agência nuclear da ONU assegurou ter "informações críveis" a respeito vindas de diferentes serviços de inteligência.

O Irã sempre afirmou que estas alegações não tinham fundamento, embora ao mesmo tempo resista a conceder acesso a alguns pontos que os especialistas da AIEA consideram fundamentais para esclarecer a intenção do programa.

Além das passadas atividades nucleares, outro obstáculo nas negociações é a forma de suspender as sanções que pesam sobre o Irã no caso de um acordo durável.

Enquanto o G5+1, com os Estados Unidos na liderança, exigem uma suspensão gradual dependendo do cumprimento do pactuado, o Irã exige um levantamento imediato.

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Viena - O diretor-geral da AIEA , Yukiya Amano, afirmou neste sábado em Viena que seus inspetores poderão esclarecer nos próximos seis meses as dúvidas sobre as possíveis atividades militares do programa nuclear do Irã .

"Com a cooperação do Irã, acho que podemos emitir um relatório até o fim de ano com uma análise que clarifique os assuntos relacionados com possíveis dimensões militares" do programa nuclear iraniano, assinalou à imprensa o responsável pela agência atômica das Nações Unidas.

Amano nunca tinha sido tão específico sobre quando seus analistas poderiam chegar a uma conclusão sobre este assunto.

As dúvidas sobre atividades do passado e o acesso a locais no Irã que a AIEA precisa investigar são os grandes obstáculos que impedem ainda um acordo atômico entre Irã e o G5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, mais a Alemanha) em Viena.

As declarações do responsável da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ganharam relevância na reta final destas negociações multilaterais, que devem terminar na próxima terça-feira.

Amano esteve esta semana em Teerã para se reunir com a cúpula do governo iraniano e analisar como superar o ponto morto nas inspeções sobre essas suspeitas.

"Fizemos progressos", reiterou o diretor-geral sobre seus encontros no Irã, sem entrar em detalhes.

Mas destacou que a AIEA "intensificou" seus contatos com o Irã e com as seis grandes potências para que um possível acordo durável tenha a "força técnica" necessária.

"Uma vez alcançado um acordo com o Irã, a AIEA está pronta para iniciar qualquer elemento nuclear (do tratado) se assim for exigido", concluiu Amano.

A AIEA emitiu em novembro de 2011 uma lista de possíveis atividades militares do programa nuclear do Irã, como experimentos com explosivos especiais, entre outros.

A agência nuclear da ONU assegurou ter "informações críveis" a respeito vindas de diferentes serviços de inteligência.

O Irã sempre afirmou que estas alegações não tinham fundamento, embora ao mesmo tempo resista a conceder acesso a alguns pontos que os especialistas da AIEA consideram fundamentais para esclarecer a intenção do programa.

Além das passadas atividades nucleares, outro obstáculo nas negociações é a forma de suspender as sanções que pesam sobre o Irã no caso de um acordo durável.

Enquanto o G5+1, com os Estados Unidos na liderança, exigem uma suspensão gradual dependendo do cumprimento do pactuado, o Irã exige um levantamento imediato.

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