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AIEA adota nova resolução contra o Irã por falta de cooperação na questão nuclear

Agência Internacional de Energia Atômica apresentou resolução em conjunto com EUA, Reino Unido, França e Alemanha; ela foi aprovada por 26 dos 35 membros

Rafael Grossi: Diretor-geral da AIEA fala aos repórteres após uma reunião em Viena (AFP/AFP Photo)

Rafael Grossi: Diretor-geral da AIEA fala aos repórteres após uma reunião em Viena (AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 17 de novembro de 2022 às 17h51.

O Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) adotou, nesta quinta-feira (17), em Viena, uma nova resolução que critica o Irã por sua falta de cooperação, informaram fontes diplomáticas à AFP.

A resolução, apresentada em conjunto por Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha, foi aprovada por 26 dos 35 membros, segundo dois diplomatas. Apenas Rússia e China votaram contra, e cinco países se abstiveram. Dois estavam ausentes.

Este é o segundo texto do tipo em seis meses, depois do adotado em junho.

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O motivo da discórdia continua o mesmo: a falta de respostas "tecnicamente confiáveis" sobre os restos de urânio enriquecido encontrados em três instalações não declaradas.

"Acreditamos firmemente que esta resolução não trará nenhum resultado (...) É uma tentativa de justificar mais sanções unilaterais contra a nação iraniana", garantiu Mohsen Naziri-Asl, enviado do Irã na AIEA, segundo a agência estatal IRNA.

Os quatro países ocidentais decidiram aumentar a pressão diante da falta de avanço no diálogo nos últimos meses.

Segundo o texto, ao qual a AFP teve acesso, o Conselho "manifesta sua profunda preocupação" sobre este problema, que segue sem resolução devido à "cooperação insuficiente do Irã".

A organização considera "essencial e urgente" que Teerã forneça, sem demora, "explicações" sobre a presença de partículas de urânio e que facilite o acesso às instalações e ao material para "coleta de amostras".

A resolução, por enquanto simbólica, pode ser o prelúdio de um processo no Conselho de Segurança da ONU, que tem o poder de impor sanções.

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